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Julgamento de habeas corpus de acusados da morte de cinegrafista é adiado

O julgamento estava previsto para esta quinta-feira (20/3) no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro



Jonas Nunes explicou que na quinta-feira (27) termina o prazo de dez dias para a apresentação no Tribunal do Júri, da defesa prévia, que está sendo preparada por ele. O advogado adiantou que contestará a atuação do delegado Maurício Luciano, responsável pelo inquérito sobre a morte de Santiago Andrade, a decisão do Ministério Público do Rio de apresentar denúncia de crime doloso, a decretação de prisão preventiva para os dois e ainda vai pedir a mudança na tipificação do crime.

;Foram os próprios acusados que concluíram o inquérito. A autoridade policial não teve trabalho nenhum, porque a investigação se resumia a sete folhas. Estava à deriva em uma investigação criminal. Se não fosse a apresentação dos dois, até hoje, estaria à procura da autoria. Eles se apresentaram para demonstrar que estão dispostos a encarar as suas responsabilidades penal e criminal, com o comparecimento a todos os atos judiciais, sem a necessidade de decretação de prisão preventiva;, disse.

O advogado acrescentou que se o juiz não alterar o crime de doloso para culposo, ele poderá entrar com recurso no Tribunal de Justiça do Rio. Depois de todos os procedimentos e recursos, é marcado o julgamento definitivo no Tribunal do Júri, o que, para Nunes, deve demorar um ano para ocorrer. ;A absolvição deles, acho difícil. O que a gente quer é que haja o enquadramento legal perfeito. E o enquadramento legal perfeito para este caso é homicídio culposo. Eles não saíram de casa com vontade livre e consciente para matar um cinegrafista. Aquilo ocorreu pela imprudência e negligência de um acontecimento;, acrescentou.

Na quarta-feira passada (19), o Superior Tribunal de Justiça não aceitou a liminar do pedido de habeas corpus e ainda terá que julgar o mérito.