Jornal Correio Braziliense

Brasil

MPF denuncia importação de lixo hospitalar dos EUA para Pernambuco

Réus são acusados de exportar, importar, processar e comercializar produtos perigosos e nocivos à saúde humana e ao meio ambiente



A responsável pelo caso é a procuradora da República Sílvia Regina Pontes Lopes. A importação fraudulenta foi descoberta pela Alfândega do Porto de Suape. Na declaração de importação, a empresa Na Intimidade havia registrado que se tratava de tecidos novos com defeitos, embalados em fardos. No entanto, a fiscalização identificou lençóis e fronhas com manchas de fluídos orgânicos, além de materiais hospitalares usados (cateteres, gazes, aventais, luvas, seringas, algodão e máscaras, dentre outros). Alguns dos produtos tinham logomarcas de hospitais norte-americanos.

A perícia concluiu que o material correspondia a lixo hospitalar potencialmente infectante e perfurocortante. As apurações revelaram ainda que Altair de Moura importava material desse tipo da Texport desde 2009. Ele permitia o manuseio do lixo hospitalar pelos empregados de suas empresas, que separavam e cortavam os tecidos. As peças eram revendidas inteiras, a preços abaixo do valor de mercado, ou usadas na confecção de forros de bolsos.