Em nota divulgada nesta sexta-feira (14/3), a Secretaria Municipal de Habitação do Rio de Janeiro reiterou que a prefeitura estuda a forma de contratação da empresa que ficará responsável pela operação do teleférico do Morro da Providência, primeira favela da capital fluminense, localizada no centro da cidade.
O teleférico foi construído pela secretaria, como parte das obras previstas no projeto Morar Carioca, de urbanização de favelas, que está sendo executado na comunidade. O equipamento tem 721 metros e foi concebido com o objetivo de melhorar a acessibilidade a um dos morros mais íngremes do Rio. São três estações: Américo Brum, Central do Brasil e Cidade do Samba.
O teleférico terá capacidade para transportar cerca de mil pessoas por hora em cada um dos sentidos. Apesar de concluído há cerca de dez meses, o teleférico ainda não entrou em funcionamento, o que tem resultado em reclamações de moradores. Os investimentos da prefeitura nas obras de urbanização do Morar Carioca no Morro da Providência alcançam R$ 163 milhões.
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Desse total, cerca de R$ 75 milhões foram destinados à implantação do teleférico. Em relação ao projeto Morar Carioca, a Secretaria Municipal de Habitação informou que as obras não avançaram porque os moradores entraram na Justiça e conseguiram liminar paralisando o projeto.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, as obras estão paradas desde novembro de 2012, ;por força de liminar concedida pela juíza Maria Teresa Pontes Gazineu, da 2; Vara de Fazenda Pública;. A liminar atendeu a pedido da Defensoria Pública, que representou um grupo de moradores contrários à construção do plano inclinado, que é um sistema de transporte complementar ao teleférico, fazendo a ligação entre a Estação Américo Brum e a parte mais alta da favela.
Isso levou à suspensão de todas as intervenções no Morro da Providência. Segundo a secretaria, a prefeitura tem participado de reuniões com os moradores da comunidade e com representantes da Defensoria Pública, com o objetivo de chegar a um consenso sobre o projeto e, também, obter autorização judicial para a continuidade das obras.