O presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb), Vinícius Roriz, admitiu nesta quinta-feira (6/3) que a greve dos garis afetou praticamente um terço da força de trabalho operacional de limpeza urbana.
De acordo com Roriz, dos 4 mil garis que trabalham nas ruas da capital fluminense, 65% estão trabalhando, 35% pararam, direta ou indiretamente, por defender a greve, por serem intimidados pelos grevistas ou por fazer a chamada greve branca, indo ao trabalho, mas não saindo às ruas.
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Segundo ele, o percentual representa cerca de 1.300 garis com os braços cruzados, número bem superior aos 300 que a prefeitura do Rio admitia como parados.
[SAIBAMAIS]Roriz calculou que hoje a operação esteja entre 65% e 70% , mas disse que pretende chegar ao fim de semana em uma situação bem melhor. "Estamos conseguindo controlar essas interferências por causa da escolta [dos garis que queriam trabalhar]. Eles [grevistas] continuam abordando nossas equipes, que agora se sentem mais seguras para sair.;
Os funcionários que não retornarem ao trabalho conforme as escalas de serviço terão a demissão efetivada. Ontem (5/3) o prefeito do Rio, Eduardo Paes, garantiu que suspenderá a demissão de quem voltasse ao trabalho a partir desta quinta-feira. O presidente da Comlurb informou que os trabalhadores demitidos serão substituídos por 150 recém-contratados, aprovados no último concurso, e que também serão chamados candidatos aprovados que estão no cadastro reserva.
A assessoria da Comlurb confirmou que o prefeito será multado por ter sido flagrado em um vídeo feito recentemente, e divulgado hoje no Youtube, jogando resto de comida no chão, durante uma solenidade. A assessoria de Paes divulgou nota dizendo que ele havia instruído a Comlurb a multá-lo pelo gesto. Lei municipal aprovada no último ano, intitulada Lixo Zero, prevê multas a partir de R$ 157 para quem for flagrado jogando lixo na cidade.