Jornal Correio Braziliense

Brasil

Garis são escoltados por policiais durante limpeza das ruas do Rio

A prioridade foi dada aos grupos que estão trabalhando em áreas onde houve piquetes nessa quarta-feira (5/2)



Líder do movimento grevista, Celio Viana disse que não acredita que as agressões tenham partido de garis que resolveram aderir à paralisação. ;O gari não tem essa índole de agredir o companheiro de trabalho. Não dá para dizer quem está fazendo essas agressões. Cabe à polícia investigar.; Segundo ele, a greve continua até que algum representante da prefeitura se reúna com os trabalhadores para ouvir e atender as reivindicações.

Na região da Uruguaiana, a quantidade de lixo era grande e o cheiro forte tomava conta das ruas. A lojista do Mercado Popular da Uruguaiana Eunice Tambarelli reclamava do fedor. ;Isto aqui virou uma verdadeira lixeira. Hoje tivemos que limpar o mercado. Mas não é só aqui. Venho da Vila da Penha [zona norte] e de lá para cá há lixo por toda a cidade;.

Neste momento, os grevistas fazem um protesto em frente à sede da Comlurb, na zona norte da cidade. A paralisação começou no último sábado (1;).

Renato Sorriso, conhecido por desfilar no carnaval do Rio sambando e varrendo a pista da Marquês de Sapucaí, também participa do protesto. ;Estamos lutando por nossos direitos. Não sou cachorro, sou gari. Acho importante essa mobilização, mas sem agressão.;

A assessoria de imprensa da Comlurb não soube dizer quantos garis aderiram à greve. O movimento quer um encontro com representantes da prefeitura para negociar nova proposta de ajuste salarial e melhores condições de trabalho, em vez da que foi acordada pelo sindicato e pela Comlurb na segunda feira e que prevê aumento de cerca de R$ 70. Os garis reivindicam um reajuste de R$ 400.