A repórter da TV Bandeirante Camila Grecco, que participou de várias coberturas jornalísticas ao lado de Santiago, contou que ele sempre se preocupava com a equipe e com a própria segurança. ;Se ele soubesse que estava em situação de muito risco, jamais estaria lá;, disse.
Companheiro de trabalho de Santiago por 11 anos, o cinegrafista Sérgio Colonezi também contou que Santiago era cauteloso. ;As pessoas dizem que, nós, cinegrafistas, abusamos um pouco do perigo. O Santiago era o contrário, era cauteloso. Quando chegava em local e tinha um tiroteio ou confusão, ele ficava longe, falava ;não estou aqui para tomar pancada de ninguém;;.
[SAIBAMAIS]A filha de Santiago, Vanessa Andrade, que também é jornalista, aproveitou para exigir segurança aos profissionais da Bandeirantes e disse que a morte do pai não será em vão. ;Vou exigir que a Band dê segurança ao seus funcionários não vou deixar essa história morrer;, declarou.
O diretor de Jornalismo da TV Bandeirantes, Fernando Mitre, que esteve no memorial, reconheceu que é preciso rever os procedimentos para as coberturas e cobrou investigações sobre crimes cometidos nas manifestações. ;Temos que rever tudo isso [cobertura]. Estamos sob impacto dessa emoção profunda, mas é preciso rediscutir tudo. Do jeito que está não é possível.;
O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro acionou ontem (12) o Ministério Público do Trabalho (MPT) para cobrar uma investigação sobre as más condições de trabalho na TV Bandeirantes no Rio e por submeter funcionários a situações de risco. O cinegrafista Santiago estava sem equipe e sem nenhum equipamento de segurança quando foi atingido pelo rojão.
Todas as demais empresas de comunicação que atuam na cidade também serão notificadas para ;cumprir normas básicas de segurança para os trabalhadores;.