Paris - O Brasil mereceu um destaque negativo em termos de liberdade de imprensa em um relatório mundial divulgado pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), nesta quarta-feira (11/2), em Paris.
O documento destaca as manifestações que tomaram conta do país no ano passado. A RSF chama a onda de protestos de "Primavera Brasileira", em referência aos movimentos de contestação de 2011 em países do norte da África e do Oriente Médio que causaram a queda de governantes autoritários há décadas no poder.
[SAIBAMAIS]A organização lamenta a repressão policial contra os profissionais da informação durante os protestos no Brasil. Com cinco jornalistas mortos em 2013, segundo a RSF, os brasileiros ainda tiraram dos mexicanos o título deplorável de país mais mortal das Américas para os jornalistas.
Leia mais notícias em Brasil
Em termos globais, as cifras revelam uma leve piora do estado da liberdade de imprensa no mundo, destaca a organização.
"A classificação de alguns países, incluindo as democracias, está amplamente afetada este ano por uma interpretação muito ampla e abusiva do conceito de proteção da segurança nacional", adverte Lucie Morillon, diretora de investigação da RSF.
Eritreia, Coreia do Norte, Turcomenistão e Síria - o país mais perigoso do mundo para os repórteres - são os países onde o livre exercício do Jornalismo é quase impraticável.