Jornal Correio Braziliense

Brasil

Incêndios frequentes alertam para falta de proteção do patrimônio artístico

Tradicional instituição de ensino de São Paulo, o Liceu de Artes e Ofícios, pegou fogo



O Centro Cultural funcionava em um prédio anexo ao Colégio Liceu. Desde a fundação do edifício, em 1873, a escola tornou-se referência pelo ensino técnico profissionalizante e de formação geral. As causas das chamas ainda são desconhecidas e a instituição não avaliou os danos ao prédio nem as obras comprometidas. De acordo com a prefeitura de São Paulo, o processo de Auto de Verificação de Segurança (AVS) do local está em andamento. No caso do Memorial da América Latina, foi constatado que o alvará de funcionamento está vencido há 20 anos.

Riscos


Além da falta de manutenção e controle de combate a incêndios, museus brasileiros e centros culturais enfrentam também um risco constante de furtos e roubos. Em junho de 2008, a Pinacoteca de São Paulo foi roubada em plena luz do dia. Imagens do circuito interno mostraram que dois assaltantes saíram tranquilamente do local com as obras de Di Cavalcanti (Mulheres na janela, de 1926), duas gravuras do pintor espanhol Pablo Picasso (O pintor e seu modelo, de 1963, e Minotauro, bebedor e mulheres, de 1933), além de um guache sobre cartão do pintor naturalizado brasileiro Lasar Segall (Casal, de 1919). Um ano antes, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) também foi saqueado e perdeu obras de Picasso e de Cândido Portinari. Na época, o presidente do museu, Júlio Neves, admitiu problemas com a segurança.

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