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Detidos em protesto contra Copa do Mundo em São Paulo já foram liberados

A manifestação partiu da Avenida Paulista, com concentração às 17h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e chegou ao centro da cidade no início da noite

O protesto contra os gastos públicos na Copa do Mundo de Futebol, ocorrido neste sábado (25) na capital paulista, teve confronto entre manifestantes e a Polícia Militar (PM) e terminou com 146 detidos. Todos foram liberados na madrugada de hoje (26). A maioria dos detidos (128) foi encaminhada para o 78; Distrito Policial (DP), nos Jardins. Dezoito foram levados para o 2; DP, no centro.

A manifestação partiu da Avenida Paulista, com concentração às 17h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e chegou ao centro da cidade no início da noite. Com o lema ;Se não tiver direito, não vai ter Copa;, o protesto chegou a reunir cerca de 2,5 mil pessoas, segundo cálculo da PM. O ato, marcado para o dia da festa dos 460 anos da cidade, é o primeiro que ocorre no ano da Copa do Mundo. Houve mobilização em outras capitais.

[SAIBAMAIS]

Parte dos manifestantes foi presa dentro de um hotel na Rua Augusta, quando tentava se refugiar das bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, conforme imagens de um vídeo amador divulgadas na internet. O protesto teve a participação do movimento Black Bloc, cujos integrantes usam táticas de ação direta para protestar em manifestações de rua. Um carro da Guarda Municipal Metropolitana foi depredado e agências bancárias da região central foram quebradas.

Nota assinada pelos grupos que compõem a organização do ato explica as razões do protesto. ;O levante de junho já mostrou claramente o que os brasileiros já perceberam: os gastos bilionários na construção dos estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos de direitos sociais. Mas junho foi só o começo!”, diz texto divulgado pelos manifestantes.

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O manifesto lembra que, embora os dirigentes políticos tenham dito, na época, que não era possível atender à reivindicação pela redução da tarifa dos ônibus, ;o poder popular nas ruas mostrou que realidades podem ser transformadas;. O coletivo destaca que a proposta do grupo é impedir a realização dos jogos e ;mostrar nacionalmente e internacionalmente que o poder popular não quer a Copa;.