Um dos trabalhos prioritários hoje é reinstalação da Ponte José Valério, que liga parte central de Itaóca a oito bairros rurais. ;Toda a estrutura [da ponte] foi deslocada, mas está em um local próximo, por isso pode ser recolocada;, informou o coronel Aurélio Alves Pinto. De acordo com a Defesa Civil, quando a ponte for reinstalada, a energia elétrica poderá ser restabelecida em 100% na cidade. Neste momento, 80% do município conta com o serviço.
O pai de Adão Dias de Lima, de 75 anos, foi uma das pessoas afetadas pela queda da Ponte José Valério. ;Meu pai precisa fazer hemodiálise três vezes por semana. Ele precisava ter feito no domingo, mas não fez. Foi fazer na segunda-feira, mas ele já estava com dificuldade de andar;, contou o filho.
[SAIBAMAIS]Segundo ele, a primeira parte do deslocamento teve de ser feito a pé. Um trajeto de 40 minutos da casa onde mora até a ponte. ;Colocamos ele nas costas, [caminhamos] a pé, até que conseguimos;, relatou. No trecho em que foi possível percorrer de carro, uma ambulância o levou até o helicóptero.
A agricultora Regina Rosa Dantas, 36 anos, também precisou fazer o percurso a pé para chegar ao centro. ;Agora eu consegui uma carona para chegar até aqui [ponte]. Mas quando não tem, fica complicado. Antes a gente tinha um ônibus coletivo;, apontou. Ela também relatou enfrentar dificuldades com a falta de energia elétrica.
A prefeitura de Itaóca solicitou à força-tarefa que um subcomando fosse montado nas comunidades de Guarda Mão e Lajeado, as zonas mais afetadas pela enxurrada. ;Conversamos com os moradores e vimos que as pessoas estão desnorteadas. Aqui no centro, que também foi uma área muito atingida, há um centro de comando. A gente acha que ele tem de ser levado também para as outras comunidades;, disse o prefeito Rafael Camargo.
Ele reforçou que a cidade precisa de doações, principalmente itens de limpeza e de higiene pessoal.