Jornal Correio Braziliense

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MP estadual quer reforço da Força Nacional nas ruas de São Luís

A Força Nacional está atuando com 150 homens, na segurança do Complexo Penitenciário de Pedrinhas desde outubro

O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) fez um pedido ao governo do estado para que solicite o apoio da Força Nacional de Segurança nas ruas de São Luís (MA). O ofício foi encaminhado nessa segunda-feira (6/1) ao secretário da Casa Civil do Maranhão, João Abreu, pela procuradora-geral de Justiça em exercício, Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro, para que haja policiamento ostensivo em toda a região metropolitana da capital.



A situação do sistema carcerário no Maranhão não é novidade. A Agência Brasil noticia desde 2008, a precariedade do sistema e os esforços dos governos do estado e federal na tentativa de solucionar o problema.

A Polícia Militar deteve nessa segunda-feira seis suspeitos de participarem do incêndio a um ônibus na Vila Sarney Filho, em São Luís, na noite de sexta-feira (3/1), entre eles três adolescentes. Dez suspeitos já haviam sido identificados.

O ofício do Ministério Público aponta ainda a necessidade de transferir, com urgência, para presídios federais, os detentos responsáveis por ordenar os ataques. O governo do estado confirma que aceitou a ajuda do governo federal, mas que ainda não foi realizada nenhuma transferência.

Ontem, o Batalhão de Choque da Polícia Militar fez uma vistoria na penitenciária de Pedrinhas e apreendeu 16 armas brancas, 22 munições de revólver calibre 38, três celulares, além de baterias, carregadores e chips de aparelhos celulares.

[SAIBAMAIS]O MP-MA requer, ainda, que o estado providencie amparo legal e indenizações às famílias das vítimas que estavam no ônibus incendiado em São Luís. O governo diz que uma equipe da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) formada por assistentes sociais, psicólogos e advogados já estão acompanhando as vítimas.

A assessoria do governo informa que disponibilizou auxílio-funeral para a família da menina Ana Clara Santos, de 6 anos, que estava no ônibus incendiado e morreu vítima das queimaduras. Os demais feridos continuam internados nos Hospitais Juvêncio Matos e Tarquínio Lopes, em São Luís, um deles ainda em estado grave.

Assim como a governadora Roseana Sarney, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior divulgou nota de pesar pela morte da menina Ana Clara, na qual condena a onda de violência na cidade e se colocou à disposição do estado e da União. ;Manifesto meu profundo pesar pela morte da criança Ana Clara, vítima de brutal, hedionda e repulsiva violência. Nada ameniza a dor dilacerante da família, a quem me uno em solidariedade e orações.;