Jornal Correio Braziliense

Brasil

UPPs são caminho sem volta, avalia governador do Rio de Janeiro

Atualmente, existem no Rio 36 comunidades ocupadas pelas forças de segurança. A política de implantação de UPPs começou em dezembro de 2008, com a pacificação do Morro Dona Marta, em Botafogo


O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, reconheceu que existe uma resistência do tráfico à presença do Estado, mas ressaltou que os criminosos estão perdendo terreno.

;Os casos de violência infelizmente existem e vão existir. Não há garantias de que isso nunca mais vá acontecer. Se isso existe em vários lugares do país e do mundo, imagine em lugares historicamente conflagrados. O que nós temos que estar é atentos. Essas incidências, eu posso garantir, são muitíssimo menores do que eram há sete ou oito anos. Nós não temos ilusão de que esse é um trabalho fácil. O que eu posso dizer para essas comunidades é que nós não vamos desistir, não vamos nos afastar de nosso propósito. A polícia é maioria dentro desse lugares, os criminosos sempre agem de maneira covarde e sorrateira, e nós vamos permanecer. Se tiver que aumentar o efetivo, aumentaremos. É um processo que não tem mais volta. Mas não há jogo ganho.;

Beltrame disse que os avanços sociais não são responsabilidade direta da Secretaria de Segurança, que tem por missão garantir espaço para que outras instâncias entrem nas comunidades.

;A UPP é a vanguarda do Estado dentro desse lugares. A pacificação é a janela de oportunidade para que as coisas aconteçam. É o fundamento da UPP. Nossa função é proporcionar que outras instituições façam o que já deveria ter sido feito há muito tempo. Infelizmente, são 40 anos em que essas pessoas [criminosos] fizeram desses lugares seus verdadeiros impérios e isso não vai acabar de uma hora para outra. Se o Rio de Janeiro não procurar integrar a favela ao asfalto, não vira a página da violência.;