A pouco mais de um ano do fim do mandato da presidente Dilma Rousseff, o governo deve se esforçar para cumprir a promessa de inaugurar 500 unidades de pronto atendimento (UPAs) até 2014. Para atingir a meta, ainda falta entregar 356 unidades ; praticamente uma por dia. Desde 2011, 144 Upas foram abertas. Além dessas, segundo o Ministério da Saúde, havia 145 unidades prontas quando a presidente assumiu o cargo, parte da herança do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também tinha se comprometido em abrir 500 postos, mas não cumpriu a promessa. Hoje, há 289 Upas em funcionamento.
As unidades fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e oferecem serviços como clínica geral, odontologia e pediatria, por exemplo. Importantes pela capacidade de desafogar urgências e emergências de hospitais, as unidades são usadas por Dilma e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha como vitrines. A execução das obras, no entanto, segue em passos lentos. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Zilkoski, compara as Upas às creches prometidas pelo governo, cujas metas também não foram cumpridas. ;Ha um problema crônico em relação a esses programas. Nao vão para a frente porque não há dinheiro para manter as estruturas. A UPA é praticamente um hospital, mantê-la em bom estado custa caro;, diz.
O Ministério da Saúde repassa anualmente aos gestores entre R$ 1,2 milhão e R$ 3 milhões por ano para a manutenção das Upas, além do investimento para construção das unidades. Para Zilkoski, no entanto, o dinheiro não e suficiente. Ele diz, sem saber estimar, que há um grupo grande de Upas prontas que não estão em funcionamento justamente pela falta de recursos. ;Nosso alerta é sinal vermelho para qualquer convênio com a União, mas quase 100% dos prefeitos recorrem ao governo federal porque são estimulados, há propaganda, reunião, promessa;, adverte.
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