As inundações provocadas pelas chuvas desde essa terça-feira (10/12) nas zonas norte e oeste da capital do estado e na Baixada Fluminense deixaram o centro do Rio de Janeiro praticamente deserto nesta quarta-feira (11/12), devido à dificuldade de os funcionários do comércio chegarem aos locais de trabalho. Lojas, restaurantes e agências bancárias ficaram vazios ou fecharam no centro e em alguns bairros.
Segundo informou à Agência Brasil o presidente da Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências (Saara), maior centro lojista de rua do estado, Ênio Bittencourt, só na Rua da Alfândega, 30 lojas não abriram hoje. Devido à falta de funcionários, as agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil situadas na região da Saara cerraram as portas.
Na Praça da Bandeira, situada na zona norte, área tradicionalmente sujeita a problemas durante as chuvas de verão, o estabelecimento Aconchego Carioca Bar registrou redução de 50% no movimento desde ontem (10). O gerente Pedro Barcellos informou que, em função das enchentes, a maioria dos funcionários que reside na zona oeste e na Baixada não veio trabalhar.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, espera inaugurar o primeiro dos cinco piscinões projetados para a Praça da Bandeira até o final deste ano. Ele acredita que a obra deverá reduzir o impacto das enchentes na área da Grande Tijuca. A resolução completa do problema, entretanto, levará mais algum tempo, porque se trata, segundo ele, de obras complexas e de infraestrutura.
O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), Aldo Gonçalves, indicou como principais resultados das chuvas o esvaziamento das lojas, com perda de faturamento. Em relação aos prejuízos materiais gerados pelas enchentes aos lojistas, o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que os números devem demorar ainda algum tempo para sair. ;Temos que esperar os desdobramentos;, apontou.