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Torcidas organizadas assinam manifesto pela paz nos estádios

Aldo Rebelo reconheceu a importância dessas organizações nos estádios. %u201CNossa ideia é fazer dessa ação e dessa iniciativa [do seminário] uma valorização do torcedor e da torcida e criar um programa que ajude a combater a violência, que é inaceitável%u201D, disse

postado em 07/12/2013 19:56
Aldo Rebelo reconheceu a importância dessas organizações nos estádios. %u201CNossa ideia é fazer dessa ação e dessa iniciativa [do seminário] uma valorização do torcedor e da torcida e criar um programa que ajude a combater a violência, que é inaceitável%u201D, disse Reunidos em São Paulo, representantes de torcidas organizadas de todo o país assinaram hoje (7) um manifesto pela paz no futebol elaborado pelo Ministério do Esporte. No documento, eles se comprometem a atuar no combate à violência nos estádios, respeitar o Estatuto de Defesa dos Direitos do Torcedor, divulgar as ações do manifesto às torcidas e cadastrar seus membros no site do ministério.

Ao ministério caberá zelar pelo cumprimento da legislação esportiva e do Estatuto de Defesa dos Direitos do Torcedor, além de disponibilizar a Ouvidoria para o recebimento e encaminhamento de denúncias. O acordo foi assinado à tarde, durante o 1; Seminário Sul-Sudeste de Torcidas Organizadas. A entidade que descumprir os compromissos assumidos no manifesto poderá ser excluída pelo ministério. Segundo o órgão, 34 organizações participaram dos dois dias do seminário.

Na cerimônia de encerramento do seminário, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu a existência desses grupos. ;Por que proibir a torcida? Se há uma briga, o melhor seria encontrar quem brigou, o responsável pela agressão. Responsabilidade coletiva é uma coisa que só vi no nazismo;, disse o ministro, ao criticar o fato de se querer atualmente punir as organizadas por causa de atos de violência cometidos de forma individual.

[SAIBAMAIS]

Aldo Rebelo reconheceu a importância dessas organizações nos estádios. ;Nossa ideia é fazer dessa ação e dessa iniciativa [do seminário] uma valorização do torcedor e da torcida e criar um programa que ajude a combater a violência, que é inaceitável;, completou o ministro.

Os representantes das organizadas também se reuniram durante o seminário e elaboraram documentos, entregues hoje ao ministro, com uma série de reivindicações e propostas. ;Foram dois documentos. O ministério resgatou um documento, de quatro anos atrás, que era um manifesto com algumas conduções e indicativos para a luta pela paz nos estádios;, disse Alexandre Cruz, diretor da torcida Sangue, do Santos. Entre os pedidos dos torcedores estão a volta dos bambus e das bandeiras aos estádios, que foram tiradas por leis estaduais.



;Aproveitamos também para revogar um artigo que trata da criminalização coletiva de atos individuais;, completou. Segundo ele, as organizadas querem que atos violentos cometidos por algum torcedor sejam punidos mas de forma individual, ou seja, de acordo com a conduta do torcedor e que a organizada não seja criminalizada por isso.

Para ele, a violência nos estádios pode ser evitada com maior organização e união das torcidas e incentivo do governo. ;Não temos uma organização que nos represente. Mas além de nos organizarmos, precisamos que o governo crie incentivos e ações para podermos levar para dentro das nossas organizações, tal como acontece com os sindicatos, com as escolas e com outras instituições.;

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