Jornal Correio Braziliense

Brasil

Depoimentos reforçam suspeitas contra o padrasto de Joaquim

Segundo a mãe do menino morto, Guilherme considerava o enteado "um empecilho". Overdose de insulina pode ter causado a morte



Segundo o promotor de justiça Marcus Túlio Alves Nicolino, do Ministério Público de São Paulo, que acompanhou o depoimento, Natália contou que Joaquim era visto como ;um empecilho; por Guilherme. ;Ela relatou que, sempre que o casal discutia, o padrastro dizia que o menino era o motivo da discussão por ser um pedacinho do ex-marido na vida dela;, disse Nicolino ao Correio. Guilherme também teria ameaçado Natália quando ela manifestou a vontade de se divorciar. Na ocasião, o padrastro teria ameaçado se matar. ;Ele teria dito que, assim, Natália ficaria com um pedacinho dele ; o filho dos dois ; e um pedacinho do ex-marido (Joaquim);, detalhou o promotor.

Outra revelação de Natália reforçou uma das principais hipóteses da polícia, de que o menino, que é diabético, possa ter sido vítima de uma superdosagem de insulina. Segundo o depoimento da mãe, dias antes de Joaquim desaparecer, Guilherme ; que declarou ser usuário de drogas ; disse que tomou duas doses da insulina do menino para se acalmar. Três dias depois do desaparecimento do garoto, no entanto, Natália foi à delegacia entregar o aparelho de aplicação do remédio, e Guilherme mudou de opinião, dizendo que, na verdade, havia tomado 30 doses do hormônio. ;Verificamos também que o padrasto havia feito uma busca na internet sobre insulina. Isso nos leva a crer que Joaquim pode ter morrido por terem injetado nele doses excessivas de insulina;.

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