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Bondes de Santa Teresa, Rio de Janeiro, voltam a funcionar em junho de 2014

O bairro já começou a receber faixas com informações sobre as mudanças no trânsito, informações das novas rotas de ônibus e adesivos para indicar os pontos que foram desativados e criados



As alterações no trânsito começam na segunda-feira (11/11). Trinta agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) ficarão espalhados pelos pontos de mudanças para orientar os motoristas. O subsecretário estadual de Projetos Especiais da Casal Civil, Rodrigo Vieira, disse que a proposta de reestruturação levou tempo para ser elaborado porque precisou de um estudo profundo sobre a topografia da região, conciliando com questões históricas.

[SAIBAMAIS]"O projeto foi amplamente discutido, teve um estresse técnico muito grande, e a solução adotada atende as questões de segurança que o governo do estado sempre defendeu. Estamos atendendo as questões históricas que os órgãos de patrimônio defendem e a população, com certeza, vai receber um presente que é a volta do bonde de Santa Teresa. Estamos fazendo uma reestruturação completa do sistema, estudada para ser feita com rapidez e impactar o mínimo possível a vida no bairro", disse o subsecretário.

A previsão é que a segunda parte das obras de reestruturação, entre a Praça Odylo Costa Neto até o Dois Irmãos, fique pronta em junho de 2014 quando a circulação dos bondes voltará à tempo para Copa do Mundo. O terceiro trecho, até o Silvestre, que não funciona desde 1990, será entregue no segundo semestre do ano que vem.

O governo estima gastar R$ 100 milhões com as obras de reestruturação, entre a troca de dez quilômetros dos trilhos atuais pelos originais do sistema, assim como a rede aérea, os novos 14 bondes e reformas nas paradas e na oficina. Os bondes serão testados a partir de março do ano que vem, na primeira parte da via que será reformada, entre os Arcos da Lapa e a Praça Odylo Costa Neto.

Em 27 de agosto de 2011 um acidente com um bonde deixou seis mortos e mais de 50 pessoas feridas após uma falha no sistema de freios, paralisando a circulação dos bondes em Santa Teresa. Entre os mortos, estava o motoneiro, que chegou a ser apontado como culpado pelo descarrilamento do bonde.

Na época, foi constatado a falta de manutenção e condições precárias dos bondes. O motoneiro Gilmar Silvério de Castro; o coordenador de Manutenção e Operação, José Valladão Duarte; o chefe de Manutenção da Garagem, Cláudio Luiz Lopes do Nascimento; além de Zenivaldo Rosa Corrêa e João Lopes da Silva, assistentes de manutenção dos bondinhos de Santa Teresa, respondem processo que apura o acidente.