Para Adriano Diogo, atos como o de hoje tinham que ter mais mais participação. ;Todos os jovens que se beneficiaram da luta pela democracia deviam reconhecer a biografia de Marighella. Nós fizemos um ato singelo em frente a um monumento quase abandonado e quais desses jovens vultos que sucederam Marighella estava aqui hoje? Nenhum. Nem municipal, estadual ou federal;.
Membro do Comitê Paulista pela Verdade e Justiça e do Fórum de Ex-Presos Políticos e Perseguidos do Estado de São Paulo, Clóvis de Castro destacou que a homenagem ao militante é justa porque é importante lembrar sempre das pessoas que lutaram pela democracia. ;Nesta data e neste local, onde há 44 anos Marighella foi assassinado, nós homenageamos todos os combatentes que participaram da luta contra a ditadura militar;.
Gregório Gomes da Silva, filho de Virgílio Gomes da Silva, desaparecido durante a ditadura, disse que o dia 4 de novembro está se tornando um marco nas homenagens à resistência da juventude nas décadas de 60 e 70, durante a ditadura, e à retomada da democracia do Brasil. ;No contexto em que está a sociedade atualmente, esta data também se torna um marco de reencontro e reforço dos compromissos que eles firmaram no passado e nós reassumimos agora;.
Laura Petit da Silva, irmã de três desaparecidos, e representante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, disse que homenagens como a feita hoje servem para manter viva a memória de pessoas consideradas heróis na luta pela democracia. ;Não só [preservar] a memória, mas buscar a verdade e a justiça. Marighella serve como exemplo para as novas gerações, para que esses fatos nunca mais ocorram;.