Rio de Janeiro - Os dois mortos no acidente com o monomotor Tupi prefixo PT-RKD, que caiu no final da tarde desta segunda-feira (21/10) na Lagoa do Marine, na localidade de São José de Imbassaí, distrito de Maricá, na região metropolitana do Rio foram identificados. São eles: o juiz de direito, Carlos Alfredo Flores da Cunha, de 48 anos e Adelmo Louzada de Souza. O avião saiu do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste da capital, e caiu a aproximamente 8 quilômetros do centro de Maricá, onde fica localizado o aeroporto da cidade.
Os mergulhadores do Rio chegaram a ser acionados, mas o pedido foi logo desfeito, porque o aeroporto informou que o monomotor decolou com apenas dois tripulantes. O major Wendell Carlos, comandante do quartel de Maricá, disse que no trecho onde o avião caiu, a profundidade é inferior a 2 metros e, se houvesse outro tripulante preso nas ferragens, "ele seria facilmente resgatado pelas equipes que estavam no local".
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A prefeitura da cidade informou, em nota, que a pista do aeroporto municipal continua aberta, não tendo até o momento qualquer ação por parte do poder público de solicitar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o seu fechamento. A medida técnica é atribuição exclusiva da agência e a secretaria municipal de Desenvolvimento Social, a quem o aeroporto é vinculado, "ainda não tomou qualquer iniciativa nesse sentido, justamente por considerar a necessidade de um eventual pouso de emergência. A pista vem sendo utilizada normalmente por aeronaves em instrução não baseadas no local".
O complexo aeroportuário encontra-se com suas atividades técnicas e administrativas encerradas desde o dia 11 de setembro, quando outro avião caiu sobre uma casa no centro da cidade. No acidente - cujas causas ainda estão sendo investigadas - o piloto morreu e o aluno em instrução ficou ferido. Horas depois da queda, "a prefeitura de Maricá decretou o encerramento de todas as atividades no local, especialmente as exercidas irregularmente por um grupo de empresas cujos alvarás de funcionamento tinham sido cancelados há mais de um ano. A medida foi considerada correta pela Justiça, que manteve a medida em vigor e endossada pela fiscalização da própria Anac".