Em mais um capítulo em torno da controvérsia sobre a publicação de biografias no Brasil, Paulo César de Araújo, autor da obra censurada Roberto Carlos em detalhes, desmentiu declarações feitas pelo compositor Chico Buarque em artigo publicado no jornal O Globo. Chico afirmou, ao se posicionar em favor da necessidade de autorização prévia por parte de biografados ou herdeiros, que Araújo nunca o havia entrevistado para escrever o livro. De posse de fotos, um disco autografado e uma fita VHS, Araújo rebateu a acusação: ;Nossa conversa aconteceu no dia 30 de março de 1992, na casa em que ele morava, na Gávea, e durou cerca de quatro horas;.
[SAIBAMAIS]Outro que reagiu ao artigo de Chico Buarque foi o editor Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras, que tem no catálogo obras do próprio Chico, além de Caetano Veloso e Gilberto Gil ; integrantes do grupo Procure Saber, que defende a autorização prévia de biografias. Em artigo publicado no blog da editora, Schwarcz desmente que a empresa tenha sido condenada a pagar uma ;alta indenização; às herdeiras de Mané Garrincha, conforme escreveu Chico Buarque, que acrescentou considerar justo o pagamento.
Schwarcz explicou que, pouco antes de Estrela Solitária, de Ruy Castro, sair, uma reportagem sobre a obra chamou a atenção da família de Garrincha, cujo representante, a essa altura, não falava em ;imagem denegrida;, mas em ;ajudar o Natal das meninas;. Como não houve acordo, já que os escritos, na avaliação do editor, não manchavam a reputação do craque do Botafogo, as herdeiras ajuizaram um processo na Justiça por direitos autorais e violação de imagem. O livro chegou a ser retirado de circulação, voltando às prateleiras mediante ;volumoso acordo e sem nenhuma condenação;, segundo o editor.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique