Quatro estudantes com idades entre 12 e 16 anos tentaram envenenar a vice-diretora de uma escola da cidade de Periquito, na Região do Rio Doce, em Minas. O crime só não ocorreu porque um adolescente denunciou os colegas. A Secretaria de Estado de Educação apura o caso e se reúne com os envolvidos nesta segunda-feira (7/10).
A Polícia Militar (PM) foi acionada na manhã da última sexta-feira (4/10) para a Escola Estadual Deputado Hilo Andrade. A vítima, de 50 anos, contou que um aluno procurou o diretor da instituição para contar que alguns colegas pretendiam envenenar alimentos que seriam oferecidos a ela. Os estudantes, sendo um menino de 12 anos e outras três alunas de 12, 13 e 16 anos, foram identificados como mentores do plano e encaminhados à secretaria da escola. Os pais deles foram acionados.
De acordo com a PM, na presença dos responsáveis, eles confessaram o plano para envenenar a vice-diretora da escola com chumbinho, substância usada para matar ratos. O veneno seria colocado em um bolo que seria servido durante uma comemoração na escola, quando ofereceriam um pedaço para a educadora. Os estudantes ainda disseram que, caso não conseguissem envenená-la na sexta-feira (4), tentariam em outra ocasião, inclusive colocando a substância na merenda escolar.
O menino envolvido no caso contou que conseguiu o veneno em casa e passou para uma das colegas, que pediu que outra guardasse. A jovem de 16 anos disse que jogou o chumbinho fora. No entanto, com autorização da mãe dela, a polícia fez buscas na casa e encontrou um recipiente com o suposto veneno dentro da mochila usada por ela. Outra embalagem com a substância foi achada em um buraco no muro da casa. A mãe da adolescente disse que não nada sobre o chumbinho.
Os alunos envolvidos negaram ter colocado veneno nos alimentos, mas a diretoria recolheu uma sacola com 10 pães para cachorro-quente e duas garrafas de refrigerante de 2 litros com os menores. Todos os materiais foram apreendidos. A assessoria de imprensa da Polícia Civil de Governador Valadares, responsável pela região, informou que não houve abertura de inquérito para apurar o caso, já que não houve crime, pois os adolescentes não deram continuidade ao plano.
A Superintendência Regional de Educação de Governador Valadares enviou representantes à cidade nesta segunda-feira (7) para apurar o caso. Pela manhã, teve início uma reunião com as autoridades, a diretoria da escola, o Conselho Tutelar e os pais e alunos envolvidos.