A violência e crimes como roubo e furto estão entre os principais problemas decorrentes da presença do crack nos municípios da região de fronteira do Brasil, segundo a pesquisa Crack na Fronteira Brasileira, apresentado nesta segunda-feira (30/9) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Entre os municípios que responderam ao questionário disponibilizado pela CNM para a pesquisa na Região Norte, 86% disseram que têm problemas com todos os tipos de droga e 59% disseram ter problemas especificamente relacionados ao crack. Entre eles, a violência foi o que apareceu com maior frequência, com 21% dos municípios o listando em primeiro lugar. Em seguida, 19% apontaram os furtos como principais problemas e 18% apontaram os homicídios. Roubos, com 16%, e exploração sexual, com 11%, também chamam a atenção.
;Há uma certa constância desses principais itens em todas as regiões do país [que passaram pela pesquisa];, disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Segundo ele, o Brasil não tem conseguido avançar no combate ao crack e o que se tem observado nos últimos anos é que os municípios na faixa de fronteira têm sofrido fortemente.
[SAIBAMAIS]No caso da Região Centro-Oeste, onde 76% dos municípios que responderam ao questionário disseram ser rota de tráfico e 85% das prefeituras declararam ter problemas específicos relacionados ao crack, violência, roubo e furto foram apontados como os principais problemas, com 19% dos municípios apontando os dois primeiros itens e 18% indicando o último. As secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social, responsáveis por responder a pesquisa, também apontaram, em 15% dos casos, o aliciamento de crianças como conseqüência da presença da droga.
Seguindo a mesma tendência, 20% dos municípios de fronteira na Região Sul indicaram roubos e furtos como os principais problemas relacionados ao crack. Em seguida, aparece a violência, em 19% dos municípios. No Sul, 65% dos secretários que responderam às perguntas disseram ter problemas específicos relacionados com a droga.
Na opinião de Ziulkoski, um conjunto de fatores vem gerando esses problemas. O primeiro é a falta de uma política federativa de combate ao crack. O presidente da CNM alega que não há sequer dados para estruturar uma política nacional de combate à droga. ;Não temos estrutura nenhuma. Não há uma política federativa. Quando ligamos, as prefeituras não têm dados para informar e a maioria dos que têm, está anotado a mão. Não existe um sistema de computador para sistematizar os dados;, exemplifica.
Ziulkoski diz que os municípios não têm condição de arcar sozinhos com prevenção, combate e tratamento dos viciados e reclama da falta de investimentos do governo federal e dos estados. ;A maioria dos recursos que são publicados no Diário Oficial como destinados ao programa de combate ao crack são aplicados em programas que já existiam no governo federal, relacionados à área de assistência social. É o caso dos recursos destinados a criação de Caps [Centros de Atenção Psicossocial], que servem para tratar os viciados em crack também, mas atendem a diversas outras demandas;, alega.
O presidente da CNM também acusa os estados de não investirem na presença das polícias Civil e Militar nos municípios, além de não atuarem na fiscalização interna. Ele cita como exemplo a facilidade de acesso a produtos químicos utilizados para transformar a pasta-base de cocaína em crack (a droga é obtida a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada, com bicarbonato de sódio e água). ;Se por um lado não há controle das fronteiras, por outro não há controle interno das indústrias químicas por parte dos estados. E, no fim, os municípios estão sofrendo;, aponta.
Entre os municípios que responderam ao questionário disponibilizado pela CNM para a pesquisa na Região Norte, 86% disseram que têm problemas com todos os tipos de droga e 59% disseram ter problemas especificamente relacionados ao crack. Entre eles, a violência foi o que apareceu com maior frequência, com 21% dos municípios o listando em primeiro lugar. Em seguida, 19% apontaram os furtos como principais problemas e 18% apontaram os homicídios. Roubos, com 16%, e exploração sexual, com 11%, também chamam a atenção.
;Há uma certa constância desses principais itens em todas as regiões do país [que passaram pela pesquisa];, disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Segundo ele, o Brasil não tem conseguido avançar no combate ao crack e o que se tem observado nos últimos anos é que os municípios na faixa de fronteira têm sofrido fortemente.
[SAIBAMAIS]No caso da Região Centro-Oeste, onde 76% dos municípios que responderam ao questionário disseram ser rota de tráfico e 85% das prefeituras declararam ter problemas específicos relacionados ao crack, violência, roubo e furto foram apontados como os principais problemas, com 19% dos municípios apontando os dois primeiros itens e 18% indicando o último. As secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social, responsáveis por responder a pesquisa, também apontaram, em 15% dos casos, o aliciamento de crianças como conseqüência da presença da droga.
Seguindo a mesma tendência, 20% dos municípios de fronteira na Região Sul indicaram roubos e furtos como os principais problemas relacionados ao crack. Em seguida, aparece a violência, em 19% dos municípios. No Sul, 65% dos secretários que responderam às perguntas disseram ter problemas específicos relacionados com a droga.
Na opinião de Ziulkoski, um conjunto de fatores vem gerando esses problemas. O primeiro é a falta de uma política federativa de combate ao crack. O presidente da CNM alega que não há sequer dados para estruturar uma política nacional de combate à droga. ;Não temos estrutura nenhuma. Não há uma política federativa. Quando ligamos, as prefeituras não têm dados para informar e a maioria dos que têm, está anotado a mão. Não existe um sistema de computador para sistematizar os dados;, exemplifica.
Ziulkoski diz que os municípios não têm condição de arcar sozinhos com prevenção, combate e tratamento dos viciados e reclama da falta de investimentos do governo federal e dos estados. ;A maioria dos recursos que são publicados no Diário Oficial como destinados ao programa de combate ao crack são aplicados em programas que já existiam no governo federal, relacionados à área de assistência social. É o caso dos recursos destinados a criação de Caps [Centros de Atenção Psicossocial], que servem para tratar os viciados em crack também, mas atendem a diversas outras demandas;, alega.
O presidente da CNM também acusa os estados de não investirem na presença das polícias Civil e Militar nos municípios, além de não atuarem na fiscalização interna. Ele cita como exemplo a facilidade de acesso a produtos químicos utilizados para transformar a pasta-base de cocaína em crack (a droga é obtida a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada, com bicarbonato de sódio e água). ;Se por um lado não há controle das fronteiras, por outro não há controle interno das indústrias químicas por parte dos estados. E, no fim, os municípios estão sofrendo;, aponta.