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Manifestantes sem-teto consideram positiva reunião com prefeitura

Sandra de Moura, moradora que foi despejada do Jardim União, disse que ficou satisfeita com o resultado da reunião

São Paulo ; Representantes das secretarias do Verde, de Habitação e de Subprefeituras se reuniram até o começo da noite desta terça-feira (24/5) com uma comissão de manifestantes sem-teto que ocuparam na manhã desta terça-feira o prédio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

A ocupação do prédio da secretaria foi um protesto contra a reintegração de posse de um terreno no bairro Grajaú, extremo sul da cidade, ocorrida há uma semana. A área, onde estava a ocupação Jardim União, pertence à secretaria.

Sandra de Moura, moradora que foi despejada do Jardim União, disse que ficou satisfeita com o resultado da reunião. Segundo ela, os militantes e a prefeitura chegaram a um acordo e vão buscar uma solução para as cerca de 300 famílias que sofreram a reintegração e para os ocupantes de outras duas áreas, também na zona sul.

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Além de buscar soluções habitacionais, os moradores também foram questionar, de acordo com Sandra, ;a forma truculenta como fizeram a última reintegração;. Segundo ela, o secretário de Subprefeituras, Chico Macena, se comprometeu em tomar providências para evitar ações violentas em futuras ações.

Em um comunicado, a prefeitura paulistana criticou as ocupações que, segundo a administração municipal, ;prejudicam a política habitacional em curso cuja meta é a entrega de 55 mil moradias nos próximos quatro anos, para enfrentar um déficit de 230 mil domicílios. Nos últimos dez anos foram construídas cerca de 30 mil unidades habitacionais;. De acordo com a prefeitura, na região do Grajaú, serão urbanizadas 64 áreas e construídos 13 conjuntos habitacionais.

Em resposta à Agência Brasil, a Secretaria do Verde informou que a área de 1 milhão de metros quadrados será usada para implantação do Parque Ribeirão dos Cocaia. No entanto, a Secretaria de Habitação solicitou a transferência de parte da área, cerca de 119 mil metros quadrados para a construção de 5 mil unidades habitacionais.