Alunos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), câmpus Contagem, também ouviram a forte explosão. Alguns universitários deixaram as salas de aula assustados, pensando que seria algum problema dentro do prédio da instituição de ensino e logo viram que a fumaça vinha da fábrica vizinha.
De acordo com o arquiteto de soluções, Bruno Vidotti Galo, que presenciou as explosões, a cena foi assustadora. ;Escutei a primeira e vi uma labareda subir. Desci correndo para tirar o carro que estava na esquina da empresa onde pegou fogo;. Ele é dono de um Fiat Punto e correu para salvar o veículo da fumaça. Segundo a testemunha, os moradores e trabalhadores da região temem a fuligem que começa a tomar os imóveis, pois acreditam que possa ser um material tóxico. O bairro está isolado e sem energia elétrica e a mobilização é tão grande que o trabalho em várias empresas vizinhas estão parados.
A enfermeira Carolina Cardoso, que trabalha em um posto de saúde perto do local do acidente, foi surpreendida durante um atendimento. ;Estava no meu consultório atendendo um paciente por volta de 09h05. De repente, senti tudo tremendo, um tremor horrível. A janela e o posto inteirinho tremeram. Todo mundo saiu correndo para ver e visualizamos a fábrica com aquela nuvem de fumaça. Todos gritavam que era uma explosão. Daí a cinco minutos teve outra explosão. Saiu fogo par todo lado e pensei: meu Deus vai explodir tudo isso;. Carolina deixou o posto e orientou as funcionárias a fechar a unidade de saúde.