Jornal Correio Braziliense

Brasil

Polícia desmonta esquema de prostituição de mulheres em Minas Gerais

Mais de 50 mulheres eram exploradas por um casal que mantinha um escritório de fachada em BH. Os programas custavam em média R$ 250 para uma hora e meia, na capital, e R$ 350 no interior



A Delegacia Especializada conseguiu mandados de prisão para Sérgio e Eva. Eles viviam em uma casa de luxo no Bairro Gutierrez, Região Oeste, com três filhos menores de idade que agora estão sob responsabilidade da babá e do advogado da família. Foram apreendidos computadores, 300 aparelhos celulares, R$ 2,4 mil em dinheiro, notas de euro e peso argentino, 10 passaportes, um Range Rover Evoque e uma BMW X5, além de livros caixa e folhas de pagamentos dos funcionários. Os escritórios de fachada estão fechados e a polícia vai pedir a cassação de alvarás.

Preços


De acordo com a investigação policial, os programas negociados pela organização criminosa custavam em média R$ 250 para uma hora e meia, na capital, e R$ 350 para o serviço no interior. O mesmo esquema de negociação era articulado pelos criminosos no escritório central em BH para que garotas se encontrassem com clientes em cidades como Barbacena, Montes Claros, Lavras, Uberlândia, Conselheiro Lafaiete, Araxá e Pouso Alegre.

Autuação


Sérgio e Eva vão responder pelo crime de favorecimento a prostituição e lavagem de capitais, podendo pegar até 24 anos de prisão em caso de condenação. O gerente do bar, duas telefonistas, dois motoristas e uma faxineira serão processados pelo favorecimento a prostituição, pois trabalhavam para o casal sabendo do esquema de exploração sexual.