Jornal Correio Braziliense

Brasil

Tumulto marca segunda sessão da CPI dos Ônibus e vereador deixa colegiado

Um tênis chegou a ser atirado da galeria em direção ao relator, Professor Uóston (PMDB)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus retomou seus trabalhos nesta quinta-feira (5/9), na Câmara dos Vereadores do Rio, após uma semana de atraso. A demora foi causada por uma decisão da juíza Roseli Nalim, da 5; Vara de Fazenda Pública do Rio, que revogou, no último dia 28, liminar que impedia o funcionamento da comissão. A primeira sessão, seis dias antes, foi marcada por tumulto e confronto entre grupos favoráveis e contra os integrantes da CPI. Um tênis chegou a ser atirado da galeria em direção ao relator, Professor Uóston (PMDB).

Nesta quinta-feira, a segunda sessão da CPI, criada para investigar os contratos das empresas de ônibus do Rio de Janeiro com a prefeitura municipal, foi interrompida diversas vezes por manifestantes, que jogaram moedas em direção a seus membros da CPI. O vereador Reimont (PT), que tinha sido indicado para o lugar de Eliomar Coelho (PSOL), autor da proposta de criação da CPI, decidiu não participar mais da comissão e foi substituído por Marcelo Queiroz (PP).



Ao deixar o colegiado, Eliomar Coelho alegou não reconhecer legitimidade nos demais membros do grupo. Hoje, foi Reimont quem deixou a CPI. ;Quando me perguntam se quero uma CPI, digo: ;claro que quero, mas, não quero esta CPI que está aí;. Nós, do PT, renunciamos em bloco para não participar de uma discussão que não vai dar em nada;, disse o vereador.

O presidente da CPI, Chiquinho Brazão, o relator, Professor Uóston, Jorginho da SOS, todos do PMDB, Renato Moura, do PTC, e Marcelo Queiroz, do PP, que também fazem parte do colegiado, não assinaram o pedido de criação da comissão parlamentar de inquérito e são da base aliada ao prefeito Eduardo Paes.