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Manifestação do MTST por mais moradia fecha avenida em São Paulo

Segundo a Polícia Militar, o protesto reuniu cerca de duas mil pessoas no início da noite desta quinta-feira (29/8)

Cerca de duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), fecharam no início da noite desta quinta-feira (29/8) os dois sentidos da Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, zona sul paulistana. O grupo faz parte de uma ocupação organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em um terreno que, segundo eles, pertence ao governo federal e fica próximo à Favela de Paraisópolis.

De acordo com um dos coordenadores do MTST, Guilherme Boulos, a área de cerca de 10 mil metros quadrados estava abandonada há 15 anos e agora é reivindicada por 700 famílias. "O que nós queremos é que o governo federal, a prefeitura de São Paulo e o governo do estado venham dialogar [conosco] para viabilizar um empreendimento habitacional naquele terreno;, disse em referência à área que foi ocupada na semana passada pelos sem-teto.



Segundo Boulos, o trajeto da passeata foi escolhido como forma de chamar a atenção da parte mais favorecida da sociedade. ;A forma de você conseguir chamar a atenção para os problemas é, infelizmente, você ir nas regiões que incomodam os ricos;, declarou. Os manifestantes saíram da Rua Silveira Sampaio, no início da noite, e seguiram em direção ao Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi.

Parte dos ocupantes vem da própria Favela de Paraisópolis, como é o caso do auxiliar de serviços gerais Silvino Piauí da Silva. Ele disse que paga aluguel de R$ 500 em uma casa de dois quartos para morar com a mulher e o filho. ;Todo mundo precisa de um lugar para morar. Mas a gente está tendo que pagar aluguel, com tanta coisa desocupada por aí. O governo não faz casas populares para a população;, disse.