Jornal Correio Braziliense

Brasil

Falta de médico e demora de atendimento são comuns em posto de Manaus

Pacientes relatam a precariedade no atendimento e a falta de profissionais

Manaus - "Vida de pobre é assim, minha filha. A gente sofre para ter atendimento, mas vai fazer o quê? Tem que esperar e voltar quando não tem o médico que a gente precisa". Foi com tom de resignação que a vendedora Manauara Alciléia Nunes de Souza, de 30 anos, falou sobre a tarde de espera na Unidade Básica de Saúde (UBS) Alfredo Campos, no bairro Zumbi, zona leste da capital amazonense.

[SAIBAMAIS]Sentindo desconforto por causa do agravamento do quadro de rinite alérgica, ela foi até a unidade de saúde para se consultar com um clínico geral e aproveitou para levar as duas filhas, de 4 e 9 anos de idade, que também apresentavam sintomas de problemas respiratórios. Depois de mais de quatro horas de espera, junto com as meninas, ela conseguiu ser atendida, mas teria que voltar no dia seguinte.



"Me disseram que hoje está sem pediatra, que para elas serem atendidas só amanhã. Vai ser mais um dia sem aula em que a gente vem e espera sem saber quando o médico vai atender", disse enquanto abria um pacote de biscoitos comprado em uma pequena venda do outro lado da rua. "É para disfarçar a fome delas um pouco", acrescentou.