Em sua decisão, o magistrado argumentou que considerou o grau de culpa do agressor, a intensidade do sofrimento, as circunstâncias do fato e o caráter repressivo e pedagógico da reparação. Para ele, o ato ;covarde; do ofensor impôs à vítima consequências gravíssimas, desestruturando a sua vida e a de seus familiares.
Pedro Meyer foi condenado, no dia primeiro deste mês, a 13 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, pelo crime contra a mulher. Na última terça-feira, ele se entregou à polícia depois que a Justiça garantiu segurança ao preso dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Logo que foi levado para a cadeia, o ex-bancário foi encaminhado para uma cela individual.
Meyer esteve preso até o dia 10 de abril deste ano, depois de passar pouco mais de um ano na prisão, após ser acusado por 16 estupros na década de 90. Ele foi liberado pela Justiça por falta de um laudo de sanidade mental que não ficou pronto no prazo determinado. O ex-bancário responde a apenas dois processos na Justiça, pois as outras acusações foram prescritas. Um dos processos por estupro corre na 9; Vara Criminal do Fórum Lafayette da capital. A vítima desse caso havia apontando o porteiro Paulo Antônio da Silva, de 66, como sendo o homem que a atacou, diante das semelhanças físicas dele com o autor do crime. Mas, com a prisão de Pedro Meyer, ela voltou atrás e inocentou o porteiro, que foi preso e condenado injustamente a 16 anos de prisão pelo estupro que não cometeu. O porteiro passou cinco anos e sete meses atrás das grades e depois ainda cumpriu prisão domiciliar.