A prefeitura de Fortaleza pretende recorrer da decisão da Justiça Federal, que determinou na quinta-feira (8/8) a suspensão da construção de dois viadutos próximos ao Parque Ecológico do Cocó. Em nota divulgada nesta sexta-feira (9/8), a prefeitura informa ter recebido o aval da Secretaria do Patrimônio da União, do Tribunal de Justiça do Ceará e dos órgãos ambientais competentes, não havendo nenhum impedimento legal para a execução da obra.
Nessa quinta-feira, guardas municipais e manifestantes contrários ao projeto municipal se enfrentaram durante a desocupação do parque. Um grupo estava acampado no local há 28 dias. O objetivo do protesto do grupo era evitar a remoção de árvores que, em decorrência da obra, vão ter que ser arrancadas.
A prefeitura alega que os viadutos vão eliminar um dos principais pontos de congestionamento do trânsito entre as regiões norte e sul da cidade, por onde transitam diariamente cerca de 70 mil veículos. Seis semáforos existentes no local vão ser eliminados, contribuindo para reduzir o tempo que os motoristas e passageiros de ônibus passam no trânsito e, consequentemente, melhorando a qualidade do ar.
Parte da população, contudo, critica a derrubada de árvores para dar lugar às obras. Segundo a prefeitura, o projeto original prevê que 94 árvores sejam arrancadas. A maioria é uma espécie popularmente conhecida como castanholas ou amendoeiras-da-praia. Para compensar, a prefeitura diz que vai plantar ao menos três vezes mais exemplares de espécies nativas no parque.
Também em nota divulgada hoje, a direção do departamento cearense do Instituto de Arquitetos do Brasil manifestou ser contra a construção dos viadutos. A entidade considera inadequado o projeto da prefeitura. De acordo com o instituto, o projeto, desenvolvido em 1988, está ;defasado no tempo; e não observa as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, promulgada em 2012. O instituto também aponta que a proposta não leva em conta o Plano Municipal de Mobilidade Urbana e as demandas locais. Conforme a entidade, a experiência internacional demonstra que viadutos e elevados contribuem para promover a degradação do entorno.
Já o Ministério Público do Ceará (MP-CE) pediu ao secretário municipal de Segurança, Francisco José Veras de Albuquerque, informações sobre a operação de desocupação do Parque do Cocó. A 2; Promotoria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano do MP-CE quer saber se os policiais do Grupamento de Operações Especiais da Guarda Municipal agiram respaldados em um mandado judicial, quem ordenou a retirada dos ocupantes e se o secretário tinha conhecimento das recomendações do MP aos órgãos que deveriam acompanhar o oficial de Justiça responsável por cumprir o mandado judicial de desocupação.
Em julho, o Ministério Público estadual também já havia recomendado à prefeitura que paralisasse a derrubada de árvores na região do Parque do Cocó enquanto os impactos ambientais da obra estivem em discussão. O MP-CE garante ter recomendado à Guarda Municipal que se abstivesse de praticar qualquer ato contra a integridade física dos manifestantes que ocupavam o parque.
Nessa quinta-feira, guardas municipais e manifestantes contrários ao projeto municipal se enfrentaram durante a desocupação do parque. Um grupo estava acampado no local há 28 dias. O objetivo do protesto do grupo era evitar a remoção de árvores que, em decorrência da obra, vão ter que ser arrancadas.
A prefeitura alega que os viadutos vão eliminar um dos principais pontos de congestionamento do trânsito entre as regiões norte e sul da cidade, por onde transitam diariamente cerca de 70 mil veículos. Seis semáforos existentes no local vão ser eliminados, contribuindo para reduzir o tempo que os motoristas e passageiros de ônibus passam no trânsito e, consequentemente, melhorando a qualidade do ar.
Parte da população, contudo, critica a derrubada de árvores para dar lugar às obras. Segundo a prefeitura, o projeto original prevê que 94 árvores sejam arrancadas. A maioria é uma espécie popularmente conhecida como castanholas ou amendoeiras-da-praia. Para compensar, a prefeitura diz que vai plantar ao menos três vezes mais exemplares de espécies nativas no parque.
Também em nota divulgada hoje, a direção do departamento cearense do Instituto de Arquitetos do Brasil manifestou ser contra a construção dos viadutos. A entidade considera inadequado o projeto da prefeitura. De acordo com o instituto, o projeto, desenvolvido em 1988, está ;defasado no tempo; e não observa as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, promulgada em 2012. O instituto também aponta que a proposta não leva em conta o Plano Municipal de Mobilidade Urbana e as demandas locais. Conforme a entidade, a experiência internacional demonstra que viadutos e elevados contribuem para promover a degradação do entorno.
Já o Ministério Público do Ceará (MP-CE) pediu ao secretário municipal de Segurança, Francisco José Veras de Albuquerque, informações sobre a operação de desocupação do Parque do Cocó. A 2; Promotoria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano do MP-CE quer saber se os policiais do Grupamento de Operações Especiais da Guarda Municipal agiram respaldados em um mandado judicial, quem ordenou a retirada dos ocupantes e se o secretário tinha conhecimento das recomendações do MP aos órgãos que deveriam acompanhar o oficial de Justiça responsável por cumprir o mandado judicial de desocupação.
Em julho, o Ministério Público estadual também já havia recomendado à prefeitura que paralisasse a derrubada de árvores na região do Parque do Cocó enquanto os impactos ambientais da obra estivem em discussão. O MP-CE garante ter recomendado à Guarda Municipal que se abstivesse de praticar qualquer ato contra a integridade física dos manifestantes que ocupavam o parque.