Jornal Correio Braziliense

Brasil

Fechamento do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, provoca transtornos

O aeroporto, que fechou para pousos às 6h40, só teve as operações retomadas às 10h16. A maior parte dos voos foi transferidos para São Paulo

Rio de Janeiro ; Quarenta voos com destino ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim tiveram que ser transferidos para outros aeroportos, devido ao forte nevoeiro que provocou a suspensão dos pousos durante quase quatro horas na manhã desta quinta-feira (1;/8). De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os voos foram transferidos para aeroportos como Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Confins, em Minas Gerais.

O aeroporto do Galeão, que fechou para pousos às 6h40, só teve as operações retomadas às 10h16. Por isso, o terminal de desembarque ficou muito cheio, com parentes e amigos à espera de passageiros, cujos voos foram realocados para outros estados.

Por volta das 10h, a aposentada Maria da Costa, de 72 anos, e seu marido, que tem 80 anos, aguardavam em pé, desde as 7h, a chegada da filha e dos netos, que vinham da Itália. "Moro em Paraíba do Sul [interior do Rio de Janeiro]. Estou esperando há horas e acredito que tenha que esperar mais, porque ainda não me informaram para que voo eles foram realocados. Ficar aqui o dia inteiro em pé esperando, para alguém da minha idade, é um absurdo", disse a aposentada.



A maior parte dos voos foi transferidos para São Paulo. Foi o que ocorreu com o filho da funcionária pública Lívia Helena Sousa Fernandes, de 43 anos, que aguardava no saguão desde as 8h30. ;O voo dele teve que pousar em Guarulhos, mas ainda não deram previsão de quando virá para o Rio. Talvez eu tenha que esperar o dia todo aqui, tendo que faltar ao trabalho. Isso é muito chato", reclamou Lívia.

Além do mau tempo, teve início hoje em alguns setores a paralisação dos aeroportuários, para adesão à greve nacional. O setor do pátio já havia parado desde quarta-feira (31/7), mas hoje a segurança, o serviço de vigilância e o setor de operações resolveram participar da greve. Manifestantes fizeram uma caminhada do Terminal 1 ao 2, com apitos e buzinadas, no início da manhã.

Cartazes foram colados em frente ao prédio administrativo do aeroporto e ao lado do sindicato, onde cerca de 50 funcionários estão acampados e pretendem ficar até que a Infraero apresente um contrato plausível para os funcionários.

Os aeroportuários reivindicam reajuste salarial de 16%, e não de 6,49%, como a empresa propôs, plano odontológico integral, e não de 50% e que os pais dos aeroportuários continuem como dependentes no plano de saúde. Os funcionários continuarão com a greve até que a Infraero proponha um acordo. Segundo o sindicato, um novo ato de mobilização será feito na tarde de hoje com caminhada e apitaço.