Rio de Janeiro - Pelo menos 40 manifestantes continuam acampados na esquina da Rua Aristides Espínola com a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, na zona sul da capital, próximo ao prédio onde mora o governador Sérgio Cabral. O grupo está no local desde domingo (28/7), realizando um protesto intitulado "Ocupa Cabral". Eles pedem a saída do governador, a desmilitarização da polícia e maiores investimentos nas áreas da saúde e da educação, entre outras questões.
Uma faixa de trânsito da Delfim Moreira, sentido centro da cidade está interditada e o policiamento na região foi reforçado por homens da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Segundo a porta-voz do grupo, Luiza Dreyer, o grupo permanecerá no local por tempo indeterminado.
"Nós acreditamos que essa é a melhor maneira de pressionar o poder público. Estamos cobrando uma série de questões que há muito tempo foram esquecidas pelo governo. Os moradores têm nos dado apoio e contribuído com doações de alimentos e roupas. Nós temos grupos de discussões, e quem quiser chegar, debater e conhecer nossas demandas, pode chegar. Estamos aqui pacificamente. Não queremos guerra," disse Luiza.
Recentemente o governador apelou aos manifestantes, para que eles parassem de protestar nas imediações de sua casa. Na ocasião, Cabral alegou que tinha filhos pequenos e que eles não mereciam passar por isso. "Nós não temos nenhuma intenção de constranger a família dele, aliás, acho um absurdo ele utilizar a família como escudo para sensibilizar a população", disse a porta-voz do grupo.
Na noite de quarta-feira (31/7), um protesto com mais de 700 pessoas para pressionar o Ministério Público do Rio a investigar gastos públicos do governador terminou em confronto na Câmara Municipal, no centro. Com o final do ato, por volta de meia-noite, cerca de 70 pessoas partiram para o Leblon rumo a casa do governador. Não houve registro de confusão, segundo a Polícia Militar.