Jornal Correio Braziliense

Brasil

Governo federal desiste de ampliar curso de medicina em dois anos

Os estudantes de medicina deveriam prestar serviços no Sistema Único de Saúde durante este período

O governo federal desistiu da proposta original de aumentar a formação médica de seis para oito anos, prevista na medida provisória que instituiu o Programa Mais Médicos, publicada no último dia 9. A posição dos Ministérios da Saúde e da Educação, apresentada nesta quarta-feira (31/7), é de que a etapa chamada de segundo ciclo faça parte da residência médica. Após concluírem a graduação em medicina, os estudantes seriam obrigados a fazer a especialização no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o médico não é obrigado a fazer a residência.



[SAIBAMAIS] Da forma como a proposta foi apresentada, o primeiro ano da residência deve ser feito, necessariamente, na atenção primária em serviços de urgência e emergência. Já no segundo ano, o médico dá continuidade à opção de pós-graduação no SUS, mas sem obrigatoriedade de cursá-la na atenção básica. Até 2017, o governo terá de garantir vagas para todos os alunos já que a medida passa a valer em 2018. Se a medida for aprovada, alunos que ingressaram no curso de medicina a partir de 2012 já devem cumprir as normas. A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional e a regulamentação ficará por conta do Conselho Nacional de Educação.