Rio de Janeiro - O desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo Souza, morador da Rocinha que desapareceu em 14 de julho, após ter sido levado para uma averiguação por policiais militares, foi lembrado nesta quarta-feira (31/7) em ato simbólico na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade do Rio.
Integrantes da organização não governamental Rio de Paz fincaram na areia dez manequins cobertos por um tecido branco simbolizando os desaparecimentos registrados pela Polícia Civil no estado e que ainda não foram solucionados. Entre eles, está o de Amarildo.
A esposa, filhos e parentes de Amarildo eram esperados no ato em Copacabana, no entanto, ficaram muito abalados com a notícia de que um corpo foi encontrado na Rocinha, na noite de terça-feira (30/7). A Polícia Civil, no entanto, informou que o corpo era de uma mulher. Na quinta-feira (1;/8), uma nova manifestação está prevista na comunidade, às 18h, para marcar 18 dias de desaparecimento do pedreiro.
O caso, que era investigado pela 15; Delegacia de Polícia (Gávea), foi encaminhado hoje para a Delegacia de Homicídios (DH). Ao longo do dia está prevista coleta de material genético (DNA) de um dos filhos de Amarildo para comparação com marcas de sangue encontradas no banco de trás de uma das viaturas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), para onde o pedreiro foi levada no dia em que sumiu.
Durante evento no Complexo do Alemão, o secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame disse que o encaminhamento do caso para a Delegacia de Homicídios vai facilitar o esclarecimento do caso. ;Todos os homicídios ocorridos na Rocinha, desde a existência da UPP, a DH (Delegacia de Homicídios) investigou e elucidou. E vai elucidar esse também;, garantiu Beltrame.
Até agora, a Polícia Civil avaliou imagens de câmeras instaladas na UPP da Rocinha e os GPS das viaturas da polícia, na busca por pistas que levem ao paradeiro de Amarildo.