Jornal Correio Braziliense

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Proibição de banho de mar em Boa Viagem é rejeitada

Segundo o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, faltam elementos técnicos que permitam a adoção da medida

Após reunião na manhã desta quarta-feira (24) o governo do estado, juntamente com o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), Instituto Oceanário, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica e especialistas ambientais, decidiu que a recomendação do Ministério Público de proibir o banho de mar em Boa Viagem é inadequada.

Segundo o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, faltam elementos técnicos que permitam a adoção da medida. ;Essa recomendação tem problemas constitucionais porque priva do direito de ir e vir e tira mais uma opção de lazer. O entendimento é de que as políticas adotadas hoje são as mais adequadas;, afirmou. Convidado para o debate, o promotor do Meio Ambiente Ricardo Coelho não compareceu à reunião.

A recomendação surgiu ontem, após confirmação da morte de Bruna Gobbi, 18, vítima de ataque tubarão na última segunda-feira (22). O documento quer proibir o banho de mar nos trechos mais perigosos das praias da Região Metropolitana do Recife, em especial a de Boa Viagem, que lidera o ranking, com 24 ataques (quatro em cada dez). Antes disso, o Cemit identificaria, por meio das estatísticas contabilizadas desde 1992, os locais mais vulneráveis aos ataques. Ontem, o promotor adiantou que se o estado não acatar a recomendação, será dada entrada em uma liminar na justiça.

A presidente do Cemit, Rosangela Lessa, reforçou, entretanto, que a proibição do banho não é a medida mais adequada. ;Faltou conhecimento de como o Cemit atua;, disse. Ela lembrou ainda que o projeto para colocação de telas temporárias continua em tramitação. Essa proposta prevê a colocação de telas apenas durante temporadas de esportes aquáticos.