São Paulo ; Os 118 alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), conduzidos a uma delegacia no início da manhã desta quarta-feira (17/7), foram liberados por volta das 11h30. Os jovens, que ocupavam a reitoria da Unesp desde a manhã de terça-feira (16/7), foram encaminhados à delegacia que funciona como Central de Flagrantes, no bairro Bom Retiro, após a Tropa de Choque da Polícia Militar ter cumprido mandado de reintegração de posse do prédio. Eles vão responder por danos ao patrimônio, resistência e invasão de propriedade.
Durante a ação policial de hoje, que começou às 5h30, os estudantes reclamaram de agressão e negaram qualquer depredação do prédio ocupado. "O prédio ficou intacto, tanto que nós temos imagens da polícia chegando e quebrando os vidros, a gente não vandalizou nada. O Choque chegou quebrando os vidros", disse o estudante Henrique Eduardo de Andrade.
Henrique também declarou que, no momento em que os estudantes chegaram ao distrito policial, vários outros manifestantes que compareceram ao local para reforçar a manifestação foram confundidos com os que ocupavam a reitoria, sendo colocados dentro de um cordão de policiais, montado para facilitar o reconhecimento da polícia. "Tem uma menina que chegou hoje de Marília e está respondendo pelo mesmo que a gente e ela não estava no prédio", disse. Os alunos disseram ainda que a PM não apresentou o mandado de reintegração de posse.
O comandante da Polícia Militar, Reynaldo Simões, nega que tenha havido confusão na identificação dos ocupantes do prédio. Simões declarou que o mandado que determinava apoio policial para a reintegração foi recebido na tarde de ontem e que a PM fez contato, ainda ontem, com os jovens para que a ação policial fosse evitada.
Quanto aos vidros e portas quebrados, o comandante informou que a ação foi necessária, uma vez que os alunos montaram barreiras com móveis e armários. "O mandado permitia esse tipo de ação [quebrar portas]", disse. De um modo geral, Reynaldo avaliou a operação como bem-sucedida. Segundo ele, participaram da ação a Tropa de Choque e o Corpo de Bombeiros, totalizando 184 homens e 48 viaturas. Não houve feridos.
Os estudantes reivindicam mudança na estrutura da administração da universidade, extensão do pagamento do auxílio-alimentação e moradia de sete para 12 meses, construção de moradias estudantis e restaurantes universitários, além de maior atenção aos campi experimentais da Unesp. "Chegamos a um nível crítico na universidade pública: o pobre não tem mais acesso a ela;, criticou Edson dos Santos, estudante de Ciências Socais.
Outra reivindicação é o fim do Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp). "Até agora, as universidades estaduais paulistas não aprovaram nenhum projeto para a inclusão. O Pimesp, na avaliação geral, mais exclui do que inclui estudantes pretos, pardos, indígenas e de escolas públicas", declarou ele.
A reitoria da Unesp está em negociação com os alunos desde dia 27 de junho. Em nota, a universidade disse ter sido surpreendida pela ocupação, que envolveria 120 alunos, "alguns mascarados e com atitudes de intimidação em relação aos funcionários da administração".
A nota também diz ter havido depredação do prédio pelos alunos e classifica a ação de hoje como pacífica. "Muito embora os alunos tenham usado de violência, danificando mobiliário da universidade e outros equipamentos, a retomada do imóvel pela Polícia Militar ocorreu de forma absolutamente pacífica".
Durante a ação policial de hoje, que começou às 5h30, os estudantes reclamaram de agressão e negaram qualquer depredação do prédio ocupado. "O prédio ficou intacto, tanto que nós temos imagens da polícia chegando e quebrando os vidros, a gente não vandalizou nada. O Choque chegou quebrando os vidros", disse o estudante Henrique Eduardo de Andrade.
Henrique também declarou que, no momento em que os estudantes chegaram ao distrito policial, vários outros manifestantes que compareceram ao local para reforçar a manifestação foram confundidos com os que ocupavam a reitoria, sendo colocados dentro de um cordão de policiais, montado para facilitar o reconhecimento da polícia. "Tem uma menina que chegou hoje de Marília e está respondendo pelo mesmo que a gente e ela não estava no prédio", disse. Os alunos disseram ainda que a PM não apresentou o mandado de reintegração de posse.
O comandante da Polícia Militar, Reynaldo Simões, nega que tenha havido confusão na identificação dos ocupantes do prédio. Simões declarou que o mandado que determinava apoio policial para a reintegração foi recebido na tarde de ontem e que a PM fez contato, ainda ontem, com os jovens para que a ação policial fosse evitada.
Quanto aos vidros e portas quebrados, o comandante informou que a ação foi necessária, uma vez que os alunos montaram barreiras com móveis e armários. "O mandado permitia esse tipo de ação [quebrar portas]", disse. De um modo geral, Reynaldo avaliou a operação como bem-sucedida. Segundo ele, participaram da ação a Tropa de Choque e o Corpo de Bombeiros, totalizando 184 homens e 48 viaturas. Não houve feridos.
Os estudantes reivindicam mudança na estrutura da administração da universidade, extensão do pagamento do auxílio-alimentação e moradia de sete para 12 meses, construção de moradias estudantis e restaurantes universitários, além de maior atenção aos campi experimentais da Unesp. "Chegamos a um nível crítico na universidade pública: o pobre não tem mais acesso a ela;, criticou Edson dos Santos, estudante de Ciências Socais.
Outra reivindicação é o fim do Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp). "Até agora, as universidades estaduais paulistas não aprovaram nenhum projeto para a inclusão. O Pimesp, na avaliação geral, mais exclui do que inclui estudantes pretos, pardos, indígenas e de escolas públicas", declarou ele.
A reitoria da Unesp está em negociação com os alunos desde dia 27 de junho. Em nota, a universidade disse ter sido surpreendida pela ocupação, que envolveria 120 alunos, "alguns mascarados e com atitudes de intimidação em relação aos funcionários da administração".
A nota também diz ter havido depredação do prédio pelos alunos e classifica a ação de hoje como pacífica. "Muito embora os alunos tenham usado de violência, danificando mobiliário da universidade e outros equipamentos, a retomada do imóvel pela Polícia Militar ocorreu de forma absolutamente pacífica".