Cidade do Vaticano - O papa Francisco, que chega ao Brasil na próxima semana, terá uma agenda carregada e inúmeros encontros públicos, mas o Vaticano assegurou nesta quarta-feira (17/7) que não há preocupação quanto a possíveis manifestações hostis e sua segurança. "Nós iremos ao Brasil confiantes na capacidade das autoridades de gerir a situação. Sabemos que as manifestações não são direcionadas ao papa e à Igreja", explicou o padre Federico Lombardi, que respondeu a uma série de perguntas durante a apresentação desta primeira viagem do papa ao exterior para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O porta-voz anunciou que o papa Francisco "não utilizará o papa-móvel blindado" de seus antecessores. "É uma escolha do Papa, em conformidade com o que ele tem feito aqui. Ele se sente bem assim, com este contato" com a multidão, indicou, revelando que haverá várias ocasiões em que o pontífice estará em contato com as pessoas durante a sua viagem.
Um veículo branco, igual ao utilizado na Praça São Pedro em Roma, e um verde, de reserva, já chegaram ao Rio. O porta-voz explicou em detalhes a programação do papa Francisco. Em relação à programação "leve" prevista para o papa emérito Bento XVI antes de sua renúncia em fevereiro, a "agenda foi adaptada, intensificada, enriquecida com certos eventos", declarou o porta-voz.
Ele citou a ida de helicóptero do Rio de Janeiro ao santuário mariado de Nossa Senhora Aparecida em São Paulo, a visita a pequena favela de Varginha, onde caminhará a pé e irá a uma casa para encontrar com um família. O porta-voz indicou ainda que Francisco irá cumprimentar os jornalistas, coletivamente e depois pessoalmente, no avião de Alitalia que o levará ao Rio, mas que ele pediu para não conceder "entrevistas individuais ou coletivas", mesmo que sejam "preparadas" (como era o caso com Bento XVI) ou "espontâneas" (como com João Paulo II).