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Protestos de manifestantes e sindicatos em MG deixam trânsito congestionado

Centenas de pessoas ocuparam a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, pela manhã, e percorrem ruas do entorno, deixando o trânsito congestionado na região

Manifestantes e sindicatos saíram às ruas nesta quinta-feira (11/7) em várias cidades de Minas Gerais. De acordo com a Central Sindical e Popular (Conlutas) vários setores, como o de metalurgia, de construção civil e o rodoviário estão parcialmente paralisados em cidades do interior do estado. Centenas de pessoas ocuparam a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, pela manhã, e percorrem ruas do entorno, deixando o trânsito congestionado na região.

[SAIBAMAIS]A capital mineira amanheceu sem metrô, que atende diariamente a mais de 200 mil pessoas, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 50% das viagens de metrô devem ser mantidas nos horários de pico, mas nenhum trem está funcionando. A CBTU informou que os ônibus da cidade estão funcionando normalmente, mas algumas linhas não funcionaram no início da manhã. Algumas escolas não abriram, mas bancos e comércio funcionam normalmente na capital mineira.



A aluna de química, Joice Chagas dos Santos, 18 anos, soube no dia anterior que não haveria aula na escola técnica que frequenta. ;A diretora avisou na aula de ontem que não teria aula para não correr o risco de os alunos ficarem na rua sem ônibus e não prejudicar ninguém;, contou a aluna que também trabalha como atendente e foi trabalhar normalmente. ;Está tudo muito tranquilo, mas como os ônibus estão trabalhando em horário reduzido, parece dia de domingo;, disse.

Em Itaúna, houve manifestações em alguns pontos e caminhoneiros fizeram protestos nas principais rodovias, mas comércio e banco funcionam normalmente. Em Itabira, centro-leste, 100 quilômetros de Belo Horizonte, uma manifestação reuniu sindicatos locais, associações e movimentos civis no centro da cidade, de acordo com o sindicato Metabase, do setor extrativo em 30 cidades da região. O vice-presidente do sindicato, Carlos Roberto de Assis Ferreira, disse que o protesto é pacífico e tem como principais bandeiras a garantia dos direitos trabalhistas. ;O movimento reivindica, principalmente, o fim do fator previdenciário, a redução para a jornada de 40 horas, vinculação do reajuste do aposentado ao salário mínimo, mas também pedimos melhoria na saúde, na mobilidade urbana e na educação;, disse ele.

Alguns trabalhadores da mineração bloquearam parcialmente a via de acesso ao complexo de mineração da companhia Vale em Antônio Pereira e Mariana na parte da manhã por duas horas. A empresa informou que não houve impacto significativo na produção. Em São João Del Rey, há paralisação dos metalúrgicos e diversas categorias, de servidores municipais e funcionários da universidade federal.