Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai instalar nesta quarta-feira (10/7) sua Comissão da Memória e Verdade (CMV-UFRJ) para investigar excessos cometidos contras professores, funcionários e servidores da instituição entre 1946 e 1988. A cerimônia vai ocorrer às 18h30, no Salão Pedro Calmon, na Praia Vermelha, zona sul. A sessão inaugural terá os testemunhos públicos de Jean-Marc Van der Weil, que foi presidente da UNE em 1969, e da jornalista Hildegard Angel, irmã de Stuart Angel, estudante desaparecido durante o regime militar de 1964, e filha de Zuzu Angel, cuja morte em acidente de automóvel pode estar vinculada à luta para denunciar o desaparecimento do filho.
[SAIBAMAIS]A Comissão Estadual da Verdade (CEV) do Rio de Janeiro investiga a morte do estudante, torturado e assassinado na Base Aérea do Galeão, segundo testemunhas. A comissão, que será assessorada por um grupo de trabalho, terá prazo de um ano para fazer o mapeamento e análise de documentos de arquivo relativos ao período, bem como a organização dos testemunhos públicos e das exposições de sensibilização, entre outras ações. O prazo poderá ser renovado por mais um ano. O diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, Marco Aurélio Santana, um dos integrantes da comissão, explicou que já existe um conjunto de levantamentos que revela que durante a ditadura houve dezenas de cassações de cargos de professores, expulsões de alunos, além de torturas e até assassinatos de docentes e discentes da universidade.
;Pelo menos 25 professores e alunos estão na lista de mortos e desaparecidos do Grupo Tortura Nunca Mais. Além da violência, é preciso pensar também nos impactos institucionais do regime, pois grupos de pesquisas foram encerrados, cursos foram remodelados. Alguns estudantes expulsos não conseguiram retornar à universidade;, comentou ele. ;É preciso pensar em políticas de reparação no interior desse conjunto muito plural e complexo de impactos causados pelo regime militar;. O professor informou ainda que a comissão da UFRJ vai trabalhar em parceria com a Comissão Nacional da Verdade (CNV) e com outras comissões da verdade locais para trocar experiências, receber colaborações, como também oferecer resultados e propostas de reparação aos atingidos.
Além do diretor do IFCS, a comissão é composta pelo professor Carlos Vainer, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional; pelo diretor da Faculdade Nacional de Direito (FND), Flávio Martins; pela professora Cristina Riche, da Ouvidoria-Geral da UFRJ; pela diretora da Associação de Docentes da UFRJ, Luciana Boiteux; pelo diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), Luiz Pinguelli Rosa; pelo professor Luiz Davidovich, do Instituto de Física; pelo servidor da UFRJ Izaias Golçalves Bastos; pelo diretor do Instituto de Ciências Biológicas, Roberto Lent; e pelo aluno Afonso Menezes.
Santana adiantou que a UFRJ fará um memorial em homenagem aos estudantes mortos e desaparecidos pelo regime militar. O memorial será construído no campus da Cidade Universitária, zona norte, e a inauguração está prevista para o fim do ano, durante as comemorações pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos, que ocorre em 10 de dezembro.
[SAIBAMAIS]A Comissão Estadual da Verdade (CEV) do Rio de Janeiro investiga a morte do estudante, torturado e assassinado na Base Aérea do Galeão, segundo testemunhas. A comissão, que será assessorada por um grupo de trabalho, terá prazo de um ano para fazer o mapeamento e análise de documentos de arquivo relativos ao período, bem como a organização dos testemunhos públicos e das exposições de sensibilização, entre outras ações. O prazo poderá ser renovado por mais um ano. O diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, Marco Aurélio Santana, um dos integrantes da comissão, explicou que já existe um conjunto de levantamentos que revela que durante a ditadura houve dezenas de cassações de cargos de professores, expulsões de alunos, além de torturas e até assassinatos de docentes e discentes da universidade.
;Pelo menos 25 professores e alunos estão na lista de mortos e desaparecidos do Grupo Tortura Nunca Mais. Além da violência, é preciso pensar também nos impactos institucionais do regime, pois grupos de pesquisas foram encerrados, cursos foram remodelados. Alguns estudantes expulsos não conseguiram retornar à universidade;, comentou ele. ;É preciso pensar em políticas de reparação no interior desse conjunto muito plural e complexo de impactos causados pelo regime militar;. O professor informou ainda que a comissão da UFRJ vai trabalhar em parceria com a Comissão Nacional da Verdade (CNV) e com outras comissões da verdade locais para trocar experiências, receber colaborações, como também oferecer resultados e propostas de reparação aos atingidos.
Além do diretor do IFCS, a comissão é composta pelo professor Carlos Vainer, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional; pelo diretor da Faculdade Nacional de Direito (FND), Flávio Martins; pela professora Cristina Riche, da Ouvidoria-Geral da UFRJ; pela diretora da Associação de Docentes da UFRJ, Luciana Boiteux; pelo diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), Luiz Pinguelli Rosa; pelo professor Luiz Davidovich, do Instituto de Física; pelo servidor da UFRJ Izaias Golçalves Bastos; pelo diretor do Instituto de Ciências Biológicas, Roberto Lent; e pelo aluno Afonso Menezes.
Santana adiantou que a UFRJ fará um memorial em homenagem aos estudantes mortos e desaparecidos pelo regime militar. O memorial será construído no campus da Cidade Universitária, zona norte, e a inauguração está prevista para o fim do ano, durante as comemorações pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos, que ocorre em 10 de dezembro.