Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ação do Bope na zona oeste do Rio provoca segunda morte em dois dias

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais continuam nas favelas do Rola e Antares

Pelo segundo dia consecutivo, policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) permanecem nas favelas do Rola e Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. De acordo com a assessoria da Polícia Militar (PM), um suspeito encontrado com um fuzil morreu durante troca de tiros da polícia com traficantes da comunidade na manhã desta terça-feira (9/7). Na última segunda-feira (8/7), após a morte de outro suspeito, um grupo de manifestantes deixou um rastro de destruição no entorno da comunidade. A ação, que conta com o apoio do Batalhão de Choque, do Batalhão de Ações com Cães e do Grupamento Aéreo e Marítimo, começou na manhã de ontem e vai prosseguir ao longo do dia. Um dos objetivos, é capturar o traficante Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, um dos mais procurados do Rio de Janeiro. Durante os protestos, um táxi foi queimado; um ônibus, apedrejado; e um ponto de ônibus, depredado. Oito estações do serviço de ônibus articulado BRT (bus rapid transit, ou trânsito rápido de ônibus, via expressa de transporte coletivo) na zona oeste do Rio de Janeiro, ficaram fechadas de 14h até as 19h30. A Secretaria Municipal de Transportes informou que fechou as estações por medida de segurança. Também na última segunda-feira (8/7), por causa da operação policial, um grupo de manifestantes interrompeu o trânsito na Avenida Cesário de Melo, na esquina com a Rua Felipe Cardoso, em Santa Cruz. Um ônibus expresso do BRT, que faz a ligação entre a Paciência e o Recreio dos Bandeirantes, foi apedrejado, e a estação do sistema em frente a um conjunto habitacional foi invadida pelos manifestantes. Até o momento, a polícia apreendeu 103 papelotes de maconha, 640 cápsulas e 32 papelotes de cocaína e uma pistola. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que nove escolas da região estão fechadas e quatro estão funcionando com baixa frequência, deixando cerca de 5 mil alunos sem aula.