São Paulo - Às vésperas de ser apreciada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal, o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004 de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO) - que propõe novas regras para o processo de terceirização da mão de obra - levou para a Avenida Paulista bancários e metalúrgicos em protesto pela sua retirada da pauta de votação. A Polícia Militar estimou em 250 o número de participantes.
Os manifestantes saíram em passeata do Museu de Arte de São Paulo (Masp) rumo à calçada em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), interrompendo o trânsito na faixa de circulação exclusiva dos ônibus entre as 10h e as 12h.
Segundo a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvândia Moreira, em torno de 1.500 bancários que trabalham na Avenida Paulista adiaram a entrada para o serviço por duas horas em adesão ao protesto.;Não podemos admitir que esse projeto passe da forma como está, porque ele reduz os direitos dos trabalhadores;, justificou.
Na opinião dela, as empresas podem trocar de trabalhadores para reduzir custos com a folha de pagamento, oferecendo ganhos salariais menores aos terceirizados.
A sua expectativa é que haja consenso nas negociações da comissão quadripartite, formada por representantes dos trabalhadores, empresários, parlamentares e do governo federal, em torno do tema, antes que o projeto seja submetido à apreciação no próximo dia 10. Caso o projeto siga em frente, segundo a líder sindical, a intenção é a de apoiar a mobilização nacional contra a matéria, prevista para o próximo dia 11.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, criticou o encaminhamento do projeto, advertindo que, caso a proposta seja acatada pelo Legislativo, isso representará uma piora nas condições do mercado de trabalho.
;O sonho de todo trabalhador terceirizado é o de ser efetivado na empresa, e esse projeto vem na contramão, vem no pesadelo de os trabalhadores efetivados serem terceirizados. Todos nós sabemos que as empresas terceirizadas têm uma jornada maior e as condições são piores, em termos de tíquetes-refeição e de PLR [Participação nos Lucros e Resultados];, disse Cordeiro.
Walmir Marques da Silva, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, entidade que representa em torno de 270 mil trabalhadores, tem opinião semelhante. Ele aproveitou o ato para chamar a atenção sobre a entrega da pauta de reivindicações à diretoria da Fiesp em torno da campanha salarial da categoria, que tem data-base em setembro.
Segundo Walmir, neste ano, as negociações serão mais amplas que no ano passado, porque incluem questões econômicas e cláusulas sociais. A expectativa dele é a de que a categoria também consiga, além da reposição das perdas por conta da inflação, aumento real de salários.
Os manifestantes saíram em passeata do Museu de Arte de São Paulo (Masp) rumo à calçada em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), interrompendo o trânsito na faixa de circulação exclusiva dos ônibus entre as 10h e as 12h.
Segundo a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvândia Moreira, em torno de 1.500 bancários que trabalham na Avenida Paulista adiaram a entrada para o serviço por duas horas em adesão ao protesto.;Não podemos admitir que esse projeto passe da forma como está, porque ele reduz os direitos dos trabalhadores;, justificou.
Na opinião dela, as empresas podem trocar de trabalhadores para reduzir custos com a folha de pagamento, oferecendo ganhos salariais menores aos terceirizados.
A sua expectativa é que haja consenso nas negociações da comissão quadripartite, formada por representantes dos trabalhadores, empresários, parlamentares e do governo federal, em torno do tema, antes que o projeto seja submetido à apreciação no próximo dia 10. Caso o projeto siga em frente, segundo a líder sindical, a intenção é a de apoiar a mobilização nacional contra a matéria, prevista para o próximo dia 11.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, criticou o encaminhamento do projeto, advertindo que, caso a proposta seja acatada pelo Legislativo, isso representará uma piora nas condições do mercado de trabalho.
;O sonho de todo trabalhador terceirizado é o de ser efetivado na empresa, e esse projeto vem na contramão, vem no pesadelo de os trabalhadores efetivados serem terceirizados. Todos nós sabemos que as empresas terceirizadas têm uma jornada maior e as condições são piores, em termos de tíquetes-refeição e de PLR [Participação nos Lucros e Resultados];, disse Cordeiro.
Walmir Marques da Silva, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, entidade que representa em torno de 270 mil trabalhadores, tem opinião semelhante. Ele aproveitou o ato para chamar a atenção sobre a entrega da pauta de reivindicações à diretoria da Fiesp em torno da campanha salarial da categoria, que tem data-base em setembro.
Segundo Walmir, neste ano, as negociações serão mais amplas que no ano passado, porque incluem questões econômicas e cláusulas sociais. A expectativa dele é a de que a categoria também consiga, além da reposição das perdas por conta da inflação, aumento real de salários.