Já a socióloga Tania Mara Santos, de 29 anos, disse que não tem medo de novo confronto com a PM. "Tenho medo, sim, de perder a luta contra a corrupção, recuamos porque não conseguíamos respirar", declarou Tania. Para ela, é preciso protestar para "mudar a realidade".
Com máscara de pano para tentar se proteger dos efeitos dos gases, Pedro Monteiro, artista plástico de 24 anos, avalia que "o momento é crucial" para mostrar a insatisfação com políticas públicas.
"Sou contra a Copa do Mundo, o povo não foi consultado, não pedimos a Copa, nem a Fifa [Federação Internacional de Futebol] e tudo o que está sendo destruído para a realização dos jogos", reclamou. Ele deu como exemplo a desocupação da Aldeia Maracanã, no entorno do estádio.
Os manifestantes também pedem o apoio dos policiais do cordão de isolamento que, para eles, sofrem com baixos salários e estão submetidos a riscos com frequência. Sem se identificar, PMs reclamaram que estão sem lanche desde o início da tarde e não podem ser substituídos.
O porta-voz do Batalhão de Operações Especiais (Bope), coronel Ivan Blaz, não foi encontrado para comentar a situação.