"Enquanto você assiste televisão, eu mudo o país. Futebol, não, queremos educação", indicava outra placa, enquanto manifestantes gritavam, "Vem pra rua, vem pra rua". Vários jovens estavam fantasiados e alguns usavam máscaras do grupo Anonymous. Um forte esquema policial com 500 homens fazia um bloqueio para impedir que os manifestantes chegassem até o Castelão.
As autoridades formaram três barreiras, uma primeira com policiais militares, uma segunda com polícia montada e a terceira com 300 homens do batalhão de Choque, que estavam postados em toda a largura da estrada, equipados de escudos. "Este bloqueio é normal, faz parte, do planejamento que fizemos com a Fifa há muito tempo", explicou à AFP o coronel João Batista, da Polícia Militar do Ceará, um dos coordenadores da operação.
"Se os manifestantes avançarem para tentar invadir a área do estádio, vamos conversar com eles. Tudo vai ser na base da negociação e só vamos fazer uso da força em caso de extrema necessidade e dentro da legalidade", assegurou. "Já colocaram várias barreiras para nos conter, mas iremos até o fim", disse Leyton Andrade, líder estudantil de 22 anos.
Pessoas chegam aos poucos ao local ao longo da manhã e número de manifestantes não para de crescer. Outros já avisaram que haviam comprado ingressos para o jogo e que pretendiam exibir mensagens virar as costas para o gramado na hora do hino nacional. A reforma do Castelão, onde será disputada a partida entre Brasil e México às 16h00 (no horário de Brasília), custou 518,6 milhões de reais.