O grupo de manifestantes vai ficar concentrado até o meio-dia em um local próximo ao Estádio Castelão, destino final do protesto. Segundo a organização do ;Mais Pão, Menos Circo;, a mobilização deve ser pacífica.
;Existe um gasto absurdo com a Copa do Mundo. Aqui no Ceará, só o Castelão custou R$ 500 milhões. Outro problema são as ameaças de remoção em função das obras para a competição. Em Fortaleza temos um déficit habitacional de pelo menos 70 mil unidades habitacionais. Dez mil famílias podem ser deslocadas por isso. Em vez de fazer [moradia] para quem não tem, você afasta ainda mais as pessoas;, explicou, sobre as principais motivações do protesto.
Outras reclamações do movimento são a falta de uma política voltada à região do semiárido, além da falta de transparência por parte dos governos em relação aos gastos com as obras para a Copa, o que, segundo ele, dificulta que se façam debates mais amplo em torno do tema.
;A gente está em um momento muito especial no país como um todo, momento de resistência, em que as pessoas estão indo às ruas reivindicar o que é seu por direito. Acredito que, a partir daí, haja uma nova realidade de mobilização e de capacidade de organização para reivindicar direitos em um outro nível;, disse Neto.