Rio de Janeiro ; Aproximadamente 75 mil alunos do último ano do ensino fundamental nas escolas brasileiras fumavam maconha e 15 mil fumavam crack no ano passado, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012, divulgada nesta quarta-feira (19/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar dos números representarem 2,5% e 0,5%, respectivamente, dos cerca de 3,15 milhões de escolares do 9; ano, a situação serve de alerta para as autoridades e a sociedade como um todo, de acordo com o gerente de Estatísticas de Saúde do IBGE, Marco Antonio Andreazzi.
Em relação ao álcool, 50,3% dos entrevistados disseram ter experimentado uma dose de bebida alcoólica na vida e 26,1% disseram ter consumido álcool nos últimos trinta dias, com destaque para Porto Alegre (34,6%) e Florianópolis (34,1%). Os menores percentuais foram encontrados em Belém (17,3%) e Fortaleza (17,4%).
Cerca de 22% dos estudantes disseram ter sofrido pelo menos um episódio de embriaguez. No sul, esse percentual foi 56,8% e de 47,3% no Nordeste. A proporção das meninas (51,7%) foi maior que a dos meninos (48,7%). A forma mais comum de obter bebida alcoólica foi em festas (39,7%), com amigos (21,8%), ou comprando no mercado, loja, bar ou supermercado (15,6%). Outros 10,2% dos escolares adquiriram bebida alcoólica para o consumo durante o período considerado, na própria casa.
Outro dado revelado pela pesquisa no que se refere à saúde dos adolescentes é a queda no número de escolares que haviam provado tabaco nas capitais entre 2009 e 2012 (de 24,2% para 22,3%). Os dados mostram que 19,6% dos estudantes brasileiros do último ano do ensino fundamental haviam experimentado cigarro e 29,8% informaram que pelo menos um dos responsáveis era fumante. 89,3% dos escolares estudam em escolas que informaram possuir política sobre proibição do uso do tabaco.
Ao comparar os dados das pesquisas de 2009 e 2012, verificou-se que o percentual de escolares que fizeram uso de cigarros nos últimos 30 dias manteve-se estável, em torno de 6%. As cidades com maiores proporções de escolares fumantes no período foram Campo Grande com 12,4% e Florianópolis com 9,7%.