Em tom cuidadoso, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, alertou nesta terça-feira (18/6) que os representantes do Poder Público precisam estar atentos às novas formas de manifestação popular que tem tomado conta do país nos últimos dias no país. Segundo ele, a adesão ampla e massiva da população em diversas capitais na tarde e noite dessa segunda-feira (17/6) comprova um ;descontentamento geral;.
[SAIBAMAIS];Seria pretensão achar que a gente compreende o que está acontecendo. Temos que entender a complexidade do que está ocorrendo;, disse Carvalho ao destacar a existência de motivações variadas e de múltiplas lideranças no movimento que tomou as ruas de diversas cidades. Durante uma audiência pública na Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal, Gilberto Carvalho explicou que o governo está acostumado a lidar com manifestações organizadas em torno de carros de som, que têm uma liderança com quem negociar. Por isso, o atual processo é complexo e o governo precisa estabelecer uma nova forma de diálogo.
Ainda assim, Gilberto Carvalho reconheceu problemas, como o de mobilidade urbana, nas grandes cidades. O ministro citou, por exemplo, o caso da capital paulista onde, segundo ele, a frota de transporte coletivo é a mesma de dez anos, apesar de o número de usuários ser muito maior. Carvalho disse que o transporte é uma questão de responsabilidade dos estados e municípios e que o governo federal está dialogando com as administrações locais para tentar chegar a uma solução. Segundo ele, o Executivo também está procurando identificar as críticas que devem ser solucionadas pela União que, a princípio, esbarram em questões éticas. O ministro disse que o Palácio do Planalto tem estimulado o fortalecimento de instituições de controle e investigação, como a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União. "Fazemos autocrítica sempre. A cada manifestação o governo abre o diálogo. O governo segue apoiado por uma ampla maioria e cumpre o plano de governo que foi vitorioso."
Carvalho acrescentou que, nas conversas com grupos de jovens, os manifestantes declararam que querem mais conquistas e inclusão. ;Os jovens diziam que o [Estádio Nacional] Mané Garrincha fica a poucos quilômetros do Hran [Hospital Regional da Asa Norte, unidade pública de Brasília] que está cheio de problemas. Se não formos sensíveis, vamos ficar na contramão da história;, alertou. ;Estamos na emergência de vontade clara de participação variada. Nem nos nossos tempos colocamos 100 mil pessoas nas ruas como vimos ontem.; O ministro lembrou que, no sábado, em Brasília, deixou de ver o jogo para tentar conversar com manifestantes e entender a pauta de manifestações. Ontem, ele se reuniu com grupos menores de jovens para dar continuidade aos diálogos. ;São novas formas de organização e mobilização que nós, da geração de 1970 e 1980, não conhecíamos. As redes sociais, a vontade de participação que sai do Facebook para a prática, traz um novo repertório;, disse.
Na avaliação de Carvalho, a multiplicidade de grupos se expressou claramente no comportamento dos manifestantes. Segundo ele, ficou evidente que a grande maioria se expressou pacificamente, mas que um grupo menor de manifestantes extrapolou em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro. ;Nós, em contato com governadores, falamos que aquele era o limite. Não se permite a entrada no Congresso Nacional ou no Palácio dos Bandeirantes;, explicou, destacando que assim como é lícita a manifestação da população nas ruas, é lícita a atuação da polícia na proteção de prédios públicos. Para Gilberto Carvalho, desde as primeiras manifestações, a polícia teve comportamentos diferenciados. ;Primeiro foi tolerante. Num segundo momento, houve excesso e ontem, foi tolerante. Em São Paulo, a polícia foi exemplar ontem, assim como em Brasília, onde, no sábado, detectamos o uso de balas de borracha, mas teve intervenção do governador e ontem o processo foi conduzido de maneira adequada;, avaliou.
[SAIBAMAIS];Seria pretensão achar que a gente compreende o que está acontecendo. Temos que entender a complexidade do que está ocorrendo;, disse Carvalho ao destacar a existência de motivações variadas e de múltiplas lideranças no movimento que tomou as ruas de diversas cidades. Durante uma audiência pública na Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal, Gilberto Carvalho explicou que o governo está acostumado a lidar com manifestações organizadas em torno de carros de som, que têm uma liderança com quem negociar. Por isso, o atual processo é complexo e o governo precisa estabelecer uma nova forma de diálogo.
Ainda assim, Gilberto Carvalho reconheceu problemas, como o de mobilidade urbana, nas grandes cidades. O ministro citou, por exemplo, o caso da capital paulista onde, segundo ele, a frota de transporte coletivo é a mesma de dez anos, apesar de o número de usuários ser muito maior. Carvalho disse que o transporte é uma questão de responsabilidade dos estados e municípios e que o governo federal está dialogando com as administrações locais para tentar chegar a uma solução. Segundo ele, o Executivo também está procurando identificar as críticas que devem ser solucionadas pela União que, a princípio, esbarram em questões éticas. O ministro disse que o Palácio do Planalto tem estimulado o fortalecimento de instituições de controle e investigação, como a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União. "Fazemos autocrítica sempre. A cada manifestação o governo abre o diálogo. O governo segue apoiado por uma ampla maioria e cumpre o plano de governo que foi vitorioso."
Carvalho acrescentou que, nas conversas com grupos de jovens, os manifestantes declararam que querem mais conquistas e inclusão. ;Os jovens diziam que o [Estádio Nacional] Mané Garrincha fica a poucos quilômetros do Hran [Hospital Regional da Asa Norte, unidade pública de Brasília] que está cheio de problemas. Se não formos sensíveis, vamos ficar na contramão da história;, alertou. ;Estamos na emergência de vontade clara de participação variada. Nem nos nossos tempos colocamos 100 mil pessoas nas ruas como vimos ontem.; O ministro lembrou que, no sábado, em Brasília, deixou de ver o jogo para tentar conversar com manifestantes e entender a pauta de manifestações. Ontem, ele se reuniu com grupos menores de jovens para dar continuidade aos diálogos. ;São novas formas de organização e mobilização que nós, da geração de 1970 e 1980, não conhecíamos. As redes sociais, a vontade de participação que sai do Facebook para a prática, traz um novo repertório;, disse.
Na avaliação de Carvalho, a multiplicidade de grupos se expressou claramente no comportamento dos manifestantes. Segundo ele, ficou evidente que a grande maioria se expressou pacificamente, mas que um grupo menor de manifestantes extrapolou em São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro. ;Nós, em contato com governadores, falamos que aquele era o limite. Não se permite a entrada no Congresso Nacional ou no Palácio dos Bandeirantes;, explicou, destacando que assim como é lícita a manifestação da população nas ruas, é lícita a atuação da polícia na proteção de prédios públicos. Para Gilberto Carvalho, desde as primeiras manifestações, a polícia teve comportamentos diferenciados. ;Primeiro foi tolerante. Num segundo momento, houve excesso e ontem, foi tolerante. Em São Paulo, a polícia foi exemplar ontem, assim como em Brasília, onde, no sábado, detectamos o uso de balas de borracha, mas teve intervenção do governador e ontem o processo foi conduzido de maneira adequada;, avaliou.