A Tropa de Choque da Polícia Militar bloqueou o acesso de cerca de 10 mil manifestantes que seguiam em caminhada da Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, rumo ao Mineirão, na Região da Pampulha, onde acontece a estreia da Copa das Confederações na capital mineira, com o jogo Taiti x Nigéria. O grupo foi barrado pelos militares depois de andar aproximadamente 4 km pela Avenida Antônio Carlos até a altura do número 3.265, pouco antes do cruzamento com o Anel Rodoviário.
[SAIBAMAIS]Mais cedo, em conversa com os líderes do movimento, o Major Gilmar Luciano dos Santos, chefe da Sala de Imprensa da PM, tinha acenado garantiu o direito ao protesto, desde que não seja invadido o chamado "setor amarelo", reservado para quem adquiriu ingresso para a partida de futebol. O grupo, que organizou o movimento pelas redes sociais, é composto em sua maioria por estudantes que protestam contra o preço do transporte e a interferência da Federação Internacional de Futebol (Fifa) no país.
Durante a caminhada, circularam boatos entre os manifestantes sobre um suposto bloqueio da Polícia Militar e do Exército na avenida, para impedir que o grupo se aproximasse do Mineirão, onde já protestam professores da rede estadual de ensino e um grupo menor de estudantes. Um dos líderes do movimento, Gladson Reis, vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), disse que o grupo é pacífico e vai manter o objetivo inicial. "Vamos seguir com o objetivo de ir até o Mineirão, vamos conversar com a polícia e tentar passar [em caso de bloqueio] pacificamente, se houver violência a responsabilidade é da PM".
Os policiais civis em greve também estiveram na Praça Sete recolhendo assinaturas da população em um documento que revindica a melhoria nas condições da corporação. O Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindipol), afirma que está cumprindo a liminar da Justiça determinando que os policiais e os professores não bloqueiem vias de acesso e no entorno do estádio Mineirão, bem como outros logradouros público do estado.