Jornal Correio Braziliense

Brasil

Engenheiro que teve o filho assassinado durante assalto quer Justiça

João Pedro morreu no fim da tarde de sábado, depois de ser atingido por um tiro. A família foi atacada por um assaltante quando chegava em casa, em Contagem



O engenheiro contou que, ao perceber que o tiro acertou seu filho, teve certeza de que ele tinha morrido, pois a bala atingiu na região do coração. ;Coloquei meu filho no chão e ainda tentei correr atrás do criminoso. Mas não dei conta, pois estava ferido.; Vizinhos, ao perceber os tiros, foram prestar socorro a Sandro e a João Pedro, levando-os no carro da família para o Hospital da Unimed, em Contagem. Mas a criança chegou seu vida. O engenheiro ficou ferido no ombro e na perna e será submetido a cirurgia, já que sofreu uma fratura.

Indignação

No domingo (16), o clima de revolta tomou conta do Cemitério do Glória. Até mesmo pessoas que estavam num velório ao lado falavam do crime com indignação, reclamando da falta de segurança e a impunidade dos criminosos. O primo e padrinho de João Pedro, o conferente Henrique Avelar, de 21, falou com descrença sobre as apurações. ;A polícia apresentou a foto de um suspeito, mas o Sandro não o identificou como sendo o criminoso. Estão tentando prendê-lo, mas de que adianta, se logo estará na ruas? Amanhã ou depois já esqueceram o caso, mas uma família foi destruída;, afirmou Henrique. ;É uma situação inacreditável. O Pedro estava no colo do pai e o homem atirou.;

O conferente descreveu seu afilhado como um ;anjo; cheio de alegria. ;Ele estava começando aprender a falar e gostava muito de conversar.; João Pedro foi velado e enterrado no Cemitério do Glória. A mãe dele, a comerciante Maris Cotta, ficou ao lado do caixão o tempo todo e preferiu não falar sobre o crime. Até o começo da noite nenhum suspeito havia sido preso.