Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ministra condena violência em protestos contra aumento da passagem

Os confrontos mais violentos foram registrados na quinta-feira (13/6), em São Paulo, onde ao menos 5 mil pessoas se uniram à manifestação e 232 pessoas terminaram detidas

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, Maria do Rosário, criticou nesta sexta-feira (14/6) os excessos cometidos por manifestantes e policiais durante os protestos contra o aumento do preço das passagens de ônibus que ocorrem em várias capitais do país. Os confrontos mais violentos foram registrados na quinta-feira (13/6), em São Paulo, onde ao menos 5 mil pessoas se uniram à manifestação e 232 pessoas terminaram detidas, segundo a polícia.

;Não é justificável que manifestações utilizem métodos violentos, mas também não é justificável que manifestantes sejam reprimidos de forma violenta;, declarou a ministra à Agência Brasil, pedindo que os participantes de novos protestos, caso ocorram, evitem depredações ou atos de violência.

;Os manifestantes devem pensar que atitudes violentas não combinam com a democracia, democracia que o Brasil construiu com manifestações e que exige que todos os protestos sejam feitos exclusivamente na perspectiva do Estado Democrático de Direito, sem nenhuma forma de violência e de depredação;, comentou a ministra.



;Com isso, eu jamais vou querer justificar qualquer atitude violenta por parte da polícia ou do Estado;, acrescentou Maria do Rosário. ;As forças do Estado não podem agir de forma violenta. Não combina com o Brasil a violência a manifestantes, nem a profissionais da imprensa que estavam trabalhando;, disse a ministra, referindo-se aos jornalistas feridos ou detidos durante os protestos de ontem na capital paulista.

Maria do Rosário disse ter conversado com o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Fernando Grella, e colocado a estrutura da SDH à disposição do governo paulista.

;Desejamos que esses episódios sejam superados. Entrei em contato com o secretário para valorizar a disposição do governo estadual de esclarecer tudo o que ocorreu, inclusive a violência cometida pela polícia. E também para nos colocar à disposição para ajudar naquilo que pudermos;, concluiu a ministra.