Ainda sem a solução para o impasse, Aristides conta que o foco da administração, no momento, é a estruturação da sede da unidade. Até hoje, o parque criado em 1999 não tem um prédio administrativo e um centro de visitantes. ;Em mais um ano teremos essas obras em conclusão. A estrutura vai ajudar a diminuir os impasses que hoje enfrentamos. Já tivemos problemas com incêndios, por exemplo;, explicou.
A caça praticada por assentados e índios com armas improvisadas também tem ameaçado as espécies encontradas na unidade. Aristides Neto destacou que o Parna guarda uma das três últimas manchas de Mata Atlântica na Bahia, além dos Parnas do Pau-Brasil e do Monte Pascoal. Segundo ele, o Descobrimento é a unidade mais preservada por abranger área ocupada por uma madeireira internacional que deixou o terreno no final dos anos 1990. ;As áreas no entorno viraram pastos e fazendas. Até hoje ainda temos retiradas clandestinas de madeira na área do parque, mas em pequena escala e estamos trabalhando para mostrar a importância do parque para a comunidade;, concluiu o biólogo.